O influenciador digital e ex-coach Pablo Marçal (PRTB) pretende intensificar adversários e adotar uma estratégia de desacreditar os principais institutos de pesquisa como forma de dar mais musculatura a sua campanha nas próximas semanas.

Como mostramos, pesquisa Quaest apontou uma variação negativa de três pontos percentuais – caiu de 23% para 20%. Ricardo Nunes (MDB) teria 24% das intenções de voto e Guilherme Boulos (PSOL), 23%. O Datafolha da semana passada já havia demonstrado um cenário de estagnação do crescimento do ex-coach.

Já para o Instituto Veritá, Marçal está na liderança isolada com 32,1% contra 26% de Boulos e 18,1% de Nunes.

Conforme apurou O Antagonista, os trackings (levantamentos internos) da campanha de Marçal estariam mais próximos dos resultados citados pelo Instituto Veritá. Na avaliação dos aliados de Marçal, a diferença nas metodologias dos institutos tracionais e dos que adotam a avaliação eletrônica (como o Veritá) explica essa variação entre os votos do ex-coach e do prefeito.

Nas palavras de um integrante da campanha de Marçal, “não há má-fé dos institutos, mas é nítido que o Datafolha e a Quaest não conseguiram ainda detectar o eleitor mais engajado e isso ficará claro nas urnas”.

Marçal vai intensificar a campanha de rua nas próximas semanas. A ideia, não somente é ter maior contato com o eleitor, como gravar vários vídeos mostrando a sua popularidade. É tática de se massificar o que a campanha chama de “DataPovo”, um artifício bem utilizado por Jair Bolsonaro na campanha de 2018.

Apesar da cadeirada sofrida no debate da TV Cultura no domingo último, a tendência é que Marçal intensifique os ataques nos debates. Serão realizados mais quatro encontros até o primeiro turno: o do SBT (em parceria com o portal Terra e a Rádio Nova Brasil), na próxima sexta-feira, às 11h15; o da TV Record, em 28 de setembro, às 21h; o do Uol/Folha de S. Paulo, dia 30 às 10h e o da TV Globo, encerrando a campanha, em 3 de outubro às 22h.