O rebanho bovino no Brasil alcançou um novo recorde em 2023, segundo dados revelados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apesar de o ritmo de crescimento ter desacelerado, o efetivo chegou a impressionantes 238,6 milhões de cabeças, um aumento de 1,6% em relação ao final de 2022.

Desde o início da série histórica da PPM (Pesquisa da Pecuária Municipal) em 1974, quando o país contava com apenas 92,5 milhões de cabeças, o rebanho bovino no Brasil não parou de crescer. Em 2023, o número de bovinos superou em 12,7% a população estimada de pessoas no país, que era de 211,7 milhões.

Quais fatores impulsionaram o crescimento do rebanho bovino?

A expansão do rebanho bovino foi influenciada por diversos fatores. Entre 2019 e 2022, observou-se uma retenção de fêmeas para a criação de bezerros, o que contribuiu significativamente para o aumento do efetivo. No entanto, em 2023, houve uma mudança de ciclo, com o abate mais elevado de fêmeas, o que pode levar a uma redução do rebanho futuramente.

Qual foi o desempenho da região Centro-Oeste no crescimento do rebanho bovino?

Em 2023, o rebanho bovino da região Centro-Oeste foi estimado em 76,7 milhões de cabeças, representando 32,1% do plantel nacional. Mato Grosso se destacou com 34 milhões de animais, embora tenha registrado uma pequena queda de 0,7% em relação a 2022.

Quem lidera o ranking dos municípios?

No ranking dos municípios, São Félix do Xingu, no Pará, tomou a dianteira com quase 2,5 milhões de cabeças de gado. Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e Porto Velho, em Rondônia, ocuparam a segunda e terceira posições, respectivamente.

A categoria de frangos e galinhas também mostra crescimento?

Sim, além dos bovinos, outras categorias de rebanhos também apresentaram crescimento significativo. O número de galináceos, que inclui tanto frangos de corte quanto galinhas destinadas à produção de ovos, alcançou 1,58 bilhão de cabeças em 2023, registrando um aumento de 0,6% em relação a 2022.

Qual o desempenho na produção de ovos?

A produção de ovos também manteve uma trajetória ascendente. O plantel de galinhas para esse fim chegou a 263,5 milhões, um aumento de 2,4% comparado ao ano anterior. São Paulo foi o estado com o maior efetivo de galinhas, enquanto Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, liderou entre os municípios.

Outros rebanhos em alta: Búfalos, caprinos e ovinos

Além dos bovinos e galináceos, outros rebanhos também alcançaram máximas na série histórica da PPM em 2023. Os bubalinos (búfalos) totalizaram 1,7 milhão de cabeças, os caprinos chegaram a 12,9 milhões e os ovinos alcançaram 21,8 milhões de cabeças, mostrando uma clara tendência de expansão na pecuária nacional.

Em suma, o crescimento contínuo do rebanho bovino e de outras categorias de animais no Brasil destaca a robustez e a constante evolução do setor pecuário, refletindo não apenas na economia interna, mas também em sua presença no mercado internacional.