Móveis: Justiça condena Lula a indenizar casal Bolsonaro
Jair e Michelle Bolsonaro deverão receber 15 mil reais por danos morais referentes ao caso dos móveis dados como desaparecidos e reencontrados um ano depois
A 17ª Vara Federal da Justiça do Distrito Federal condenou nesta segunda-feira, 9, o governo Lula (PT) a indenizar o casal Jair e Michelle Bolsonaro em 15 mil reais por danos morais referentes ao caso dos móveis dados como desaparecidos do Palácio da Alvorada e reencontrados um ano depois pela Comissão de Inventário Anual da Presidência da República.
Na sentença, o juiz Diego Câmara afirmou que houve “dano à imagem e à reputação” de Bolsonaro e sua esposa, dada a “comprovação de que os itens em referência sempre estiveram sob guarda da União durante todo o período indicado”.
Para o magistrado, os comentários do petista foram além do “direito de crítica” ao sugerirem o envolvimento dos antigos ocupantes do Palácio da Alvorada “em desvio de móveis do palácio presidencial que, conforme apurado, sequer ocorreu”.
A Advocacia-Geral da União (AGU) vai recorrer da sentença.
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Fake news de Lula
A “guerra dos móveis” começou quando o presidente Lula reclamou publicamente sobre as condições precárias da residência oficial e afirmou que Bolsonaro e Michelle tinham levado móveis na mudança. Segundo ele, se os objetos fossem de caráter particular, não haveria problema, mas tratavam-se de patrimônio público.
Em resposta, a ex-primeira-dama Michelle afirmou, meses depois, que os móveis eram de sua propriedade e não bens públicos.
Móveis achados
A Presidência da República anunciou a recuperação de todos os 261 bens do patrimônio do Palácio da Alvorada que tinham sido dados como desaparecidos. A questão havia gerado tensão entre os casais presidenciais Lula e Bolsonaro durante a transição de governo no início do ano passado.
Na ocasião, o presidente Lula e a primeira-dama Janja reclamaram das condições da residência oficial e apontaram que alguns móveis estavam faltando após a mudança de Jair Bolsonaro e sua esposa Michelle do local.
Custou caro
A ausência de móveis foi citada como justificativa para a compra sem licitação de 196,7 mil reais em móveis de luxo pelo novo governo.
Entre os itens adquiridos estavam camas, sofás, poltronas, fogões, lavadoras de roupa e obras de arte.
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