Crusoé: O mistério sobre a morte da baleia ‘espiã russa’
Enquanto ONGs dizem que a baleia beluga tinha "vários ferimentos a bala", a polícia norueguesa acha provável que o cetáceo tenha morrido de fome
A morte de Hvaldimir, nome dado à baleia beluga (foto) que ficou famosa por suspeitas de ter sido usada pelo Serviço de Inteligência da Rússia para espionagem, continua cercada de mistério.
A polícia da Noruega sugeriu nesta segunda-feira, 9, que o cetáceo encontrado morto em 31 de agosto morreu de fome, contrariando as ONGs de direitos dos animais NOAH e One Whale, que pediram a abertura de uma “investigação criminal” em função de “ferimentos a bala” encontrados no animal.
Segundo a polícia local, não há indícios de que a morte de Hvaldimir tenha sido fruto de “atividade humana”.
“Nenhum resultado da autópsia indica que Hvaldimir foi baleado”, disse o policial Amund Preede Revheim, em comunicado.
“Uma das feridas é um pouco mais profunda, mas o dano não afetou órgãos vitais e não representou risco de vida.”
Os investigadores também afirmaram que uma vara de 35 centímetros de comprimento e 3 centímetros de espessura ficou alojada na boca da baleia.
“A autópsia revelou que seu estômago estava vazio. Além disso, a maioria dos órgãos estava danificada”, acrescentou a nota.
O que dizem as ONGs?
À agência de notícia AFP, Regina Crosby Haug, diretora da ONG One Whale, afirmou que Hvaldimir tinha “vários ferimentos de bala” quando foi encontrada morta por pescadores.
Em comunicado, o líder da Noah, Siri Martinsen, complementou, dizendo que os ferimentos eram “alarmantes”.
“Seus ferimentos são alarmantes e de uma natureza que não pode excluir um ato criminoso”, afirmou.
“Se houver suspeita de um ato criminoso, é crucial que a polícia intervenha rapidamente”, concluiu.
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