Robson de Souza, conhecido como Robinho, é um nome que reverbera tanto nos campos de futebol quanto nas manchetes de jornal. Recentemente, o ex-jogador foi condenado em última instância na Itália por violência sexual em grupo. Agora, ele aguarda o julgamento de um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil.

Na quarta-feira, dia 28, o STF marcou a data crucial para o julgamento do habeas corpus solicitado pela defesa de Robinho. O caso será avaliado no plenário virtual da Corte entre os dias 6 e 13 de setembro de 2024. Desde 21 de março de 2024, Robinho está preso, cumprindo uma pena por participar de um estupro coletivo na Itália.

Condenação de Robinho na Itália

Em março de 2024, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu a extradição de Robinho, permitindo que ele começasse a cumprir sua pena de nove anos de prisão no Brasil. De acordo com a legislação brasileira, essa pena precisa ser iniciada em regime fechado. No entanto, por ser réu primário, Robinho pode ser beneficiado com a progressão de regime, o que o permitiria deixar a prisão antes do cumprimento total da pena.

O habeas corpus pode mudar o destino de Robinho?

Em uma última tentativa para rever a decisão do STJ, a defesa de Robinho entrou com um pedido de habeas corpus no STF. A defesa argumenta que o caso ainda não transitou em julgado e, portanto, ainda haveria possibilidade de rediscutir a sentença.

O habeas corpus foi distribuído ao ministro Luiz Fux, que negou a liminar solicitada pela defesa. Segundo Fux: “Diante da existência de trânsito em julgado da condenação e da possibilidade prevista no ordenamento jurídico brasileiro de transferência da execução da pena, não se vislumbra, sob este ângulo, coação ilegal ou violência contra a liberdade de locomoção do paciente”.

O caso de Robinho traz uma série de debates sobre justiça internacional, direitos humanos e a aplicação da lei. Vários aspectos legais foram considerados ao longo do processo, desde o respeito ao princípio da ampla defesa até a transferência da execução da pena para o Brasil, demonstrando a complexidade e a gravidade do caso.