Crusoé: Ex-mulher de Fernández reclama que Ministério não a protegeu
Fabíola Yáñez, que revelou na semana passada o histórico de agressões que sofria de Alberto Fernández, falou em entrevista
Em sua primeira entrevista após revelar um histórico de agressões cometidos pelo seu marido — o ex-presidente da Argentina, Alberto Fernández — a ex-primeira-dama Fabíola Yañez (foto) disse que tentou tornar públicas as denúncias. Ela teria procurado o Ministério da Mulher do país, mas a pasta que era subordinada ao então presidente e agressor não teria feito nada.“Ninguém [me ofereceu] ajuda…e olha que eu fui buscar ajuda na pessoa que teria responsabilidade de velar por isso”, disse Yáñez, ainda muito abalada, em uma entrevista ao site Infobae.
Questionada se esta pessoa era o Ministério da Mulher, disse que sim. “Fui e pedi ajuda. Saíram agora a se defender quando não me defenderam, enquanto me marginalizaram. Diziam barbaridades de mim”.
Ela defende que a permanência do gabinete do Ministério da Mulher no cargo, mesmo sabendo das denúncias, era prova de lealdade da pasta com Fernández. “Quando alguma pessoa pertencente a esse ministério foi demitida? Desde o primeiro dia que começaram a me maltratar, porque vocês sabem que me maltrataram durante cinco anos. Só se dedicavam a falar de frivolidades e mentiras.”
“Mostrei [as imagens com agressões feitas por Fernández] e agora me enviaram uma mensagem dizendo ‘Você nunca pediu ajuda. Disse que ia vir ao Ministério'” — coisa que ela indicou não ter feito para não aparecer nos noticiários.
A denúncia, revelada na semana passada e com fartas provas como imagens de olhos roxos e hematomas, sepultou instantaneamente a reputação pública de Fernández (que, já sofrendo de impopularidade política, nem concorreu a um segundo mandato como presidente em 2023). A sua ex-vice-presidente, Cristina Kirchner, correu para se afastar ainda mais dele.
“Alberto Fernández não foi um bom presidente… Mas as imagens que vimos ontem à noite, mostradas pelos meios de comunicação em rede nacional,… são outra coisa”, escreveu em seu Instagram. “As fotos da senhora Fabiola Yañez com hematomas no corpo e no rosto, juntamente com os chats publicados, que revelam o diálogo entre ela e o ex-presidente, não apenas mostram a surra recebida, mas também mostram os aspectos mais sórdidos e sombrios do condição humana.”
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