Crusoé: Livre do Ocidente, Assange voltará a ser peão de Putin
Fundador do WikiLeaks foi libertado nesta segunda, 24, após realizar um acordo jurídico com os promotores americanos
O hacker australiano Julian Assange (foto) nem botou os pés em seu país, a Austrália, e os aliados do ditador russo Vladimir Putin já declararam que querem arrumar um emprego para ele.
Assange foi libertado nesta segunda, 24, após realizar um acordo jurídico com os promotores americanos. Ele assumiu a culpa pelo crime de roubar e disseminar informações secretas. Como já permaneceu na prisão por cinco anos no Reino Unido, poderá viver em liberdade a partir de agora.
Todos os veículos de comunicação ligados ao Kremlin festejaram a libertação do hacker.
Na conta do canal russo Sputnik, a diretora de redação, Margarita Simonyan, afirmou que espera que o hacker volte a apresentar um programa para o RT, também do governo russo.
Ela chamou Assange de “o melhor jornalista da nossa época” e um “visionário“.
Até ser preso, Assange foi um peão de Putin, e é isso o que explica seu viés fortemente antiamericano.
Os telegramas diplomáticos que ele revelou em 2010 tinham como objetivo enfraquecer os Estados Unidos.
Três anos depois, o americano Edward Snowden, um funcionário contratado da CIA que publicou informações sigilosas do governo americano, conseguiu fugir dos Estados Unidos e obteve asilo na Rússia. Ele teve despesas com advogados e hotéis pagas pelo Wikileaks, de Assange. Em 2022, o ditador Vladimir Putin concedeu cidadania russa para Snowden.
Em 2016, foram divulgadas 20 mil mensagens do Diretório Democrata nos sites Wikileaks e Intercept. A intenção era atrapalhar a eleição de Hillary Clinton, que acabou perdendo para Donald Trump, um personagem bem mais aprazível para o Kremlin.
Em seguida, agências de inteligência afirmaram com “alto grau de confiança” que o Wikileaks tinha conseguido do governo russo os emails dos democratas. “As revelações recentes de e-mails supostamente hackeados em sites como DCLeaks.com e Wikileaks, e pela identidade online Guccifer 2.0, são consistentes com os métodos e motivações russos”, dizia uma nota do Departamento de Segurança Interna e do diretor de Inteligência Nacional dos Estados Unidos. “Nós acreditamos que somente oficiais de alto nível da Rússia poderiam ter autorizado essas atividades.”
Ao mesmo tempo…
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