Moraes autoriza visita de senadores a Silvinei Vasques na prisão
Entre os senadores autorizados para visitar Silvinei na prisão estão Ciro Nogueira, Damares Alves e Marcos Pontes
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes autorizou a visita de dezessete senadores ao ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, que está preso por alegações de manipulação eleitoral em 2022.
Dentre os políticos que solicitaram permissão para fazer a visita, destacam-se figuras como Ciro Nogueira (PP-PI), Damares Alves (Republicanos-DF), e Marcos Pontes (PL-SP), entre outros.
A entrada de celulares e a realização de registros dentro da unidade prisional foram expressamente proibidas por Alexandre de Moraes, garantindo um controle estrito sobre a comunicação do evento.
Silvinei acusado
Em agosto de 2022, Silvinei Vasques foi preso em uma operação denominada “Constituição Cidadã”, conduzida pela Polícia Federal. Esta operação investigou como a PRF, sob sua gestão, pode ter usado recursos para obstruir o trânsito durante o dia das eleições, especialmente prejudicando a locomoção de eleitores no Nordeste brasileiro.
A ação levantou suspeitas de que Vasques estava direcionando operações para favorecer o então candidato à reeleição, Jair Bolsonaro.
Após as eleições, Vasques optou pela aposentadoria ante as crescentes investigações sobre o seu papel na PRF durante o período eleitoral.
Em depoimentos, Vasques negou ter utilizado seu cargo para beneficiar qualquer candidato e justificou as intensas ações da PRF no Nordeste devido à maior infraestrutura da corporação na região. Contudo, o relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro sugeriu o contrário, com recomendações claras pelo seu indiciamento.
Silvinei tenta escapar do STF via Justiça Eleitoral
Em novembro do ano passado, a defesa de Vasques solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o caso fosse enviado ao primeiro grau da Justiça Eleitoral.
Segundo o Estadão, o advogado Eduardo Pedro Nostrani Simão alega que a Corte máxima possui uma “notória ausência de competência” para julgar o seu cliente, que é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Silvinei está sendo investigado pela Polícia Federal por suspeita de prevaricação, violência política e omissão. A apuração analisa a conduta do ex-chefe da PRF em relação à desmobilização de manifestações que bloquearam estradas federais após a derrota de Bolsonaro nas eleições.
Além disso, também está sendo investigada a atuação de Silvinei durante as abordagens da corporação no segundo turno do pleito, sob a justificativa de transporte irregular de eleitores.
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