Dino envia à PGR relatório da PF sobre ministro Juscelino Filho
PGR vai analisar se a investigação deve ser aprofundada, se é o caso de arquivamento ou se os elementos reunidos pela PF já são suficientes para o oferecimento de denúncia contra o ministro
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) o relatório da Polícia Federal que concluiu que há indícios de crimes contra o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil). Dino é o relator do pedido de indiciamento na Corte.
Agora, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, vai analisar se a investigação deve ser aprofundada, se é o caso de arquivamento ou se os elementos reunidos pela PF já são suficientes para o oferecimento de denúncia contra o ministro e os outros indiciados ao STF. Não há prazo para análise da PGR.
O relatório da PF foi apresentado nesta terça-feira, 11. Juscelino é suspeito de participar de um esquema de desvio de emendas parlamentares – quando era deputado federal – para a cidade de Vitorino Freire, no interior do Maranhão, onde a irmã dele, Luanna Rezende, é prefeita, e onde o pai já foi prefeito duas vezes.
Um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) apontou que 80% da estrada custeada pela emenda beneficiou propriedades dele e de seus familiares na região.
Em nota, o ministro Juscelino Filho afirmou que o “indiciamento é uma ação política e previsível”.
“A investigação, que deveria ser um instrumento para descobrir a verdade, parece ter se desviado de seu propósito original. Em vez disso, concentrou-se em criar uma narrativa de culpabilidade perante a opinião pública, com vazamentos seletivos, sem considerar os fatos objetivos”, afirmou.
Ainda de acordo com ele, o delegado responsável pelo caso “não fez questionamentos relevantes” durante o seu depoimento“. “Além disso, o encerrou abruptamente após apenas 15 minutos, sem dar espaço para esclarecimentos ou aprofundamento”, completou.
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