Em meio à pressão do PL, de Valdemar Costa Neto, reforçada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou nesta terça-feira, 11, que não aceitará imposições para definir quem será seu vice na disputa pela prefeitura de São Paulo.

“Todos serão escutados”, disse o prefeito a jornalistas após evento do centro da capital paulista.

“Agora, imposição, vou te dizer sinceramente, não aceitaria de ninguém, de jeito nenhum”, acrescentou.

Nunes buscará consenso

O pré-candidato à reeleição em São Paulo afirmou que buscará um nome de consenso com todos os partidos da frente ampla.

“Ontem, já vi alguns deputados do PP dizendo que não gostariam que fosse ele. Então, como vai funcionar isso? É a gente sentar e conversar”, disse Nunes.

O emedebista afirmou ainda que irá procurar o governador Tarcísio de Freitas para conversar melhor sobre o nome.

Tarcísio pressiona Nunes

Como mostramos, Tarcísio cobrou celeridade do emedebista na escolha do vice para a eleição municipal.

O governador de São Paulo disse na segunda, 10, aprovar o nome do ex-coronel da PM Ricardo Mello Araújo, o favorito do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o posto.

“Vou estar fechado com o presidente Bolsonaro e entendo que, até pela mudança de cenário, é mais do que nunca importante fazer esse acerto o mais rápido possível”, afirmou Tarcísio.

“Vamos estar juntos com o coronel Araújo e com Ricardo Nunes”, acrescentou.

O que Valdemar diz sobre o vice?

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, voltou a pressionar o MDB pela indicação do candidato a vice na chapa de Ricardo Nunes após Aldo Rebelo (MDB) decidir permanecer na Secretaria de Relações Internacionais da prefeitura de São Paulo.

“Não tenho dúvida de que [o vice] será do PL, e o [Jair] Bolsonaro que vai indicar”, disse à Folha após a desistência de Aldo Rebelo.