Atividades físicas podem “apagar” memórias negativas, diz estudo
Descoberta pode revolucionar o tratamento de pacientes com traumas psicológicos.
Uma pesquisa realizada em conjunto por cientistas canadenses e japoneses apontou que atividades físicas têm potencial para ajudar a ‘apagar’ memórias negativas, possivelmente abrindo caminho para aplicação em seres humanos no futuro.
Essa é uma descoberta que pode revolucionar o tratamento de pacientes com traumas psicológicos.
O estudo liderado por profissionais da Universidade de Toronto e da Universidade de Kyushu, investiga os mecanismos cerebrais por trás da memória e seu esquecimento.
Os resultados iniciais foram publicados na conceituada revista Molecular Psychiatry, indicando um avanço notável na neurociência.
Pesquisa relaciona atividades físicas ao esquecimento de memórias negativas
A pesquisa começou com a aplicação de choques leves em ratos, a fim de criar uma memória de medo.
Posteriormente, foram criados dois grupos: um continuou com suas atividades normais e o outro teve acesso a exercícios em uma rodinha.
Após algumas semanas, os cientistas observaram uma diferença significativa na capacidade dos ratos de ‘esquecer’ a memória traumática induzida anteriormente.
A inovação desse estudo reside na descoberta de que a atividade física estimula a produção de novos neurônios no hipocampo, parte do cérebro associada com a criação e armazenamento de memórias.
Isto sugere que o exercício físico pode ser um meio eficaz para mitigar traumas, pelo menos em animais, por enquanto.
Implicações futuras para o tratamento humano
Além de trazer insights valiosos sobre como nossas atividades cotidianas podem influenciar nosso bem-estar mental, os cientistas agora buscam maneiras de replicar esses efeitos em seres humanos.
O objetivo é desenvolver novas estratégias para tratar condições como o estresse pós-traumático e dependências químicas, por meio de métodos que promovam a saúde cerebral e física.
Os pesquisadores também estão investigando medicamentos que possam promover efeitos similares dos exercícios sobre os neurônios.
Com a continuidade das pesquisas, a comunidade científica está mais perto do que nunca de compreender completamente os impactos dos exercícios no cérebro humano – não só como uma ferramenta de saúde física, mas como um potencial tratamento para condições mentais sérias.
Este estudo é um passo promissor em direção ao desenvolvimento de terapias mais eficientes e menos invasivas para o tratamento de memórias traumáticas.
Próximos passos para a pesquisa
O estudo ainda está em fase inicial quando se trata de aplicações humanas, mas os resultados são promissores.
Os cientistas envolvidos no projeto continuam a estudar os mecanismos exatos pelos quais a atividade física pode afetar a neurogênese e a saúde mental.
Com mais pesquisa, espera-se que o exercício possa se tornar parte de protocolos de tratamento padrão para diversas condições relacionadas a traumas.
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