Alerta: Severas secas aumentam em 900% incêndios no Pantanal
Uma comparação com o mesmo período de 2023 revela um aumento impressionante de quase 10 vezes o número de queimadas.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), os primeiros meses de 2024 já mostram um crescimento drástico nos focos de incêndios no Pantanal.
Uma comparação com o mesmo período de 2023 revela um aumento impressionante de 900% no número de queimadas.
A causa deste alarmante crescimento está atrelada à seca severa que atinge majoritariamente os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
A falta de chuvas e as altas temperaturas criam o ambiente perfeito para a propagação de incêndios, impactando drasticamente a biodiversidade e a vida das comunidades locais.
Por que o aumento de incêndios no Pantanal em 2024?
Dados apontam que até junho de 2024, foram registrados 1.069 focos de incêndio apenas no Pantanal.
Este número reflete uma quantidade quase dez vezes maior que a registrada em 2023.
Especialistas conectam esse fenômeno ao atraso nas chuvas, normalmente esperadas para amenizar o clima seco do segundo semestre, fenômeno que foi agravado por condições climáticas atípicas.
A presença do fenômeno El Niño, que pode alterar padrões climáticos globais, contribui significativamente para a redução do período de chuvas.
Com isso, a matéria orgânica seca acumulada ao longo do ano facilita a ignição e a propagação dos incêndios, tornando-os mais intensos e frequentes.
Impactos da seca no sistema hídrico
A seca não apenas incentiva a ocorrência de incêndios, como também afeta gravemente os níveis dos rios, em especial, o Rio Paraguai.
Segundo registros recentes, a altura do rio em Porto Murtinho está significativamente abaixo das médias esperadas para o período, variando entre 2,5 e 5,5 metros.
Estes são os menores níveis já observados, prejudicando a agricultura, a pecuária e a vida aquática essencial para o ecossistema local.
Medidas emergenciais
Em resposta à grave situação, o governo do Mato Grosso do Sul declarou situação de emergência ambiental.
Esta decisão libera fundos e recursos para combater os incêndios e mitigar seus impactos. Além disso, a Agência Nacional de Águas (ANA) já colocou os dois estados sob aviso devido à escalada da seca.
O Monitor de Secas, ferramenta essencial para previsão e acompanhamento da seca, mostra que houve avanço da seca fraca a moderada pelo centro-sul do Mato Grosso do Sul e áreas mais extensas no Mato Grosso.
Com estas previsões, espera-se que os próximos meses sejam cruciais para o controle dos incêndios e a recuperação do bioma.
O cenário para o restante do ano permanece incerto, com previsões indicando a continuidade da seca.
Por isso, a colaboração entre instituições governamentais, comunidades locais e agentes ambientais será essencial para preservar uma das maiores riquezas naturais do Brasil e proteger as vidas que dela dependem.
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