O ultimato da Câmara para Secom se explicar sobre megalicitação de R$ 197 milhões
A Câmara estabeleceu o dia 19 de junho como prazo para o governo federal explicar falhas em certame
O primeiro-secretário da Câmara, Luciano Bivar (União-PE, foto), estabeleceu o dia 19 de junho como prazo para que a Secom envie explicações à bancada de oposição ao governo Lula sobre a megalicitação de 197 milhões para contratação de empresas de mídia que vão ser responsáveis pelo gerenciamento da comunicação do governo Lula.
Como mostramos no final de abril e início de maio, vários deputados como Nikolas Ferreira (PL-MG), Gustavo Gayer (PL-GO), Adriana Ventura (Novo-SP), Felipe Francischini (PL-PR) apresentaram requerimentos de informações ao governo federal com questionamentos sobre a megalicitação petista.
Há a suspeita de favorecimento ilícito no processo licitatório.
Resultado antecipado
O resultado da megalicitação foi antecipado por O Antagonista um dia antes de ela ter sido realizada por meio de uma mensagem cifrada no X – antigo Twitter (post abaixo). As quatro primeiras colocadas do certame foram justamente aquelas adiantadas por este site: Moringa, BR Mais Comunicação, Área Comunicação e Usina Digital. A Moringa teve 91,34 pontos; a BR 91,17 pontos, a Area 89 pontos e Usina 88,16 pontos.
A Moringa e a Área Digital depois foram desqualificadas por falhas documentais. A Moringa, especificamente, foi desabilitada por infrações ao edital como a ausência de balanço patrimonial, apresentação do contrato social errado, falta de comprovação técnica de comprovação de prestação de serviços em redes sociais quando a empresa trabalhou com o Sebrae, entre outros. A empresa negou qualquer tipo de irregularidade.
Como registramos, o Palácio do Planalto reservou 197 milhões de reais para “combater fake news” (dos outros), numa tentativa de melhorar a popularidade de Lula. O resultado revelou a vitória de agências ligadas ao ministro Fernando Haddad, da Fazenda, e à presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, entre outros.
As empresas vitoriosas disputaram a concorrência com outras 20, algumas delas com muito mais tradição no setor público do que as vencedoras. A concorrência foi resolvida em processo rápido, de menos de dois meses, e levou em questão o critério mais vago de “melhor técnica”, e não o mais objetivo de “melhor preço”.
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