Líder admite ‘Deus nos acuda’ nas derrotas de Lula no Congresso
Senador Jaques Wagner (PT-BA) admitiu as dificuldades da articulação política do Planalto
Após as derrotas do governo na votação dos vetos do presidente Lula (PT) pelo Congresso Nacional, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), admitiu as dificuldades da articulação política do Planalto. Segundo o petista, as votações da “agenda de costumes” é um “Deus nos acuda”.
O governo foi derrotado, por exemplo, na derrubada do veto ao projeto de lei que extingue as saídas temporárias de presos do semiaberto, apelidado de PL das “sadinhas”. A articulação política do Planalto foi ainda derrotada na articulação que tentava derrubar o veto do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre a criminalização das fake news durante o período eleitoral.
“Aqui tudo a gente vota como se fosse um Deus nos acuda. Todos sabemos que matéria econômica tramita de um jeito. Matéria, chamando genericamente de costumes, tramita de outro. Quando me perguntam ‘qual é a base [aliada do governo]?’, depende do tema”, disse o líder.
Jaques Wagner considera que o governo saiu vitorioso em vetos “estruturantes”, relacionados à pauta econômica, como os do Orçamento de 2024. O Planalto conseguiu, por exemplo, manter o veto de Lula ao calendário de pagamentos das emendas parlamentares.
A manutenção, no entanto, só foi viabilizada após o governo ter costurando um acordo com líderes do Centrão para liberar o pagamento das emendas deste ano ainda no primeiro semestre.
Lula ‘tranquilo’
Na manhã desta quarta-feira, 29, o líder do governo se reuniu com o presidente Lula no Palácio do Planalto para fazer um balanço das votações do dia anterior. Segundo o senador, o petista está “tranquilo”.
“Ele [Lula] está absolutamente tranquilo. Ele tem 78 [anos], já apanhou, já comemorou, já chorou, já riu, então não assusta isso aí”, disse.
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