Condenados pelo 8 de janeiro fogem do país
Os fugitivos quebraram as tornozeleiras eletrônicas e fugiram para a Argentina e para o Uruguai pelas fronteiras de SC e RS
Pelo menos oito indivíduos condenados ou investigados por envolvimento nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 conseguiram fugir do Brasil após quebrarem as tornozeleiras eletrônicas que usavam por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), informou reportagem do portal Uol.
Além disso, duas mulheres também burlaram o monitoramento, e seus paradeiros ainda são desconhecidos.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo site, os fugitivos se dirigiram para a Argentina ou Uruguai. Em alguns casos, há pedidos de prisão em aberto contra eles.
Quem são os fugitivos
Um dos fugitivos é o músico Ângelo Sotero, de 59 anos, que foi condenado a 15 anos e seis meses de prisão pelo plenário do STF por tentativa de golpe de Estado e associação criminosa em novembro. Segundo seu advogado, Hemerson Barbosa, Sotero fugiu há cerca de um mês e quebrou a tornozeleira eletrônica que utilizava. Ele atravessou a fronteira com a Argentina pela cidade de Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina.
Outros indivíduos que também fugiram para a Argentina são o corretor Gilberto Ackermann, de 50 anos, condenado a 15 anos de prisão; Raquel de Souza Lopes, de 51 anos, condenada a 16 anos e seis meses; o empresário Luiz Fernandes Venâncio, de 50 anos, que ainda aguarda julgamento; Rosana Maciel Gomes, de 50 anos, condenada a 14 anos; e o pedreiro Daniel Luciano Bressan, de 37 anos.
Já Alethea Verusca Soares, de 49 anos, condenada a 17 anos de prisão, teria fugido para o Uruguai saindo de Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul. Posteriormente, ela teria seguido para a Argentina. Jupira Silvana da Cruz Rodrigues, de 58 anos, também teria ido para o Uruguai.
Além disso, as empresárias Flávia Cordeiro Magalhães Soares, de 47 anos, e Fátima Aparecida Pleti, de 61 anos, também conseguiram burlar as tornozeleiras eletrônicas, conforme revelado pelos processos judiciais. No entanto, não há informações sobre o paradeiro delas. Flávia possui um mandado de prisão em aberto desde fevereiro, segundo dados do banco de mandados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Condenações pelo STF
Até o momento, outras 159 pessoas que participaram do ataque às sedes dos Três Poderes foram condenadas pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. As penas variam de três a 17 anos.
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