MPF pede cassação de Castro, vice e presidente da Alerj
A cúpula do governo do Rio de Janeiro é investigada por possíveis desvios no Ceperj e na Uerj, em 2022
A Procuradoria Eleitoral do Ministério Público Federal (MPF) pediu nesta segunda-feira, 6, a cassação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), do vice, Thiago Pampolha (MDB), e do presidente da Assembleia Legislativa do estado (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil). A cúpula do governo do Rio é investigada por possíveis desvios no Centro Estadual de Estatística, Pesquisa e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj) e na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), em 2022.
No documento, os procuradores regionais eleitorais Neide Cardoso e Flávio Paixão afirmam que os acusados praticaram “ilícitos eleitorais de abuso de poder político, econômico e condutas vedadas (…), a fim de utilizar a máquina pública, à exclusiva disposição dos investigados, para obter vantagens financeiras ilícitas com recursos públicos e lograrem êxito na reeleição ao Governo do Estado, nas Eleições Gerais de 2022”.
“O estratagema, para além de violar as regras brasileiras da gestão pública, revelou-se, também, um arranjo estruturado para o cometimento das práticas de abuso de poder político e econômico, com inequívoca interferência sobre o processo eleitoral ocorrido, em 2022, que culminou, inclusive, na eleição dos primeiros investigados”, acrescentaram.
Além de Castro, Pampolha e Bacellar, o MPF também pediu a cassação de Áureo Ribeiro (deputado federal), Max Lemos (deputado federal), Leonardo Vieira Mendes (deputado estadual), Gutemberg de Paula Fonseca (suplente), Bernardo Rossi (secretário de Ambiente e Sustentabilidade do RJ) e Marcos Venissius da Silva Barbosa (suplente).
Com exceção de Thiago Pampolha, os procuradores solicitaram que os acusados se tornem inelegíveis pelo período de 8 anos, a partir das eleições de 2022.
O vice-governador do Rio de Janeiro foi excluído do pedido de inelegibilidade por ter entrado na chapa de Castro apenas 20 dias antes da eleição de 2022. Na época, o então prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, era candidato a vice-governador na chapa de Castro, mas seu registro de candidatura foi impugnado.
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