Semana tem decisão que pode reduzir ritmo de cortes da Selic
Aumento da incerteza no cenário internacional seria a explicação para a redução do ritmo de reduções da taxa básica de juros na quarta-feira, 8
Toda a atenção do mercado financeiro nesta semana estará voltada para a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) que começa na terça-feira,7, e, termina no dia seguinte, define qual será o novo patamar da taxa básica de juros brasileira, a Selic.
A expectativa é por uma possível redução no ritmo de cortes promovidos pelo Banco Central na taxa básica. Desde o início do ciclo de afrouxamento monetária, a autarquia realizou seis reduções consecutivas de 0,50 ponto percentual a cada reunião. No encontro passado, os membros do Copom deixaram a promessa de um novo corte de mesma magnitude na decisão desta semana, “em se confirmando o cenário esperado“.
“Em função da elevação da incerteza e da consequente necessidade de maior flexibilidade na condução da política monetária, os membros do Comitê, unanimemente, optaram por comunicar que anteveem, em se confirmando o cenário esperado, redução de mesma magnitude na próxima reunião“, afirma o comunicado divulgado pelo BC em 20 de março.
De lá para cá, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem defendido que houve elevação da incerteza internacional acima do antecipado pela autarquia e sinalizado que talvez seja necessário reduzir a magnitude dos cortes dos atuais 0,50 ponto percentual para 0,25 ponto percentual, o que levaria a Selic para 10,5% ao ano, dos atuais 10,75% a.a..
Alguns agentes de mercado, no entanto, apontam que a queda na geração de empregos nos Estados Unidos, de acordo com dados divulgados na sexta-feira, 3, e as sinalizações do presidente do FED (Federal Reserve), Jerome Powell, de que os juros podem começar a cair por lá ainda este ano seriam motivos suficientes para o BC adotar um corte mais agressivo na Selic na quarta-feira, 8.
a maioria do mercado financeiro, no entanto, parece acompanhar a visão do presidente da autoridade monetária brasileira e também revisou as expectativas. Na curva de juros futuros, a precificação indica as chances de uma redução de 0,50 com menos de 20% de probabilidade. As opções de Copom da B3 – um derivativo em que os investidores tentam predizer as decisões do Comitê – encerrou a semana passada com chances na casa de 22% para a continuidade dos cortes de 0,50 p.p..
A decisão do Copom deve ser divulgada, como de costume, às 18h30 de quarta-feira, 8.
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