Operação desmantela cassinos clandestinos do bicheiro Piruinha
Entre os locais, alvos da operação, estão dois clubes que ficam na Zona Norte do Rio de Janeiro onde funcionavam os cassinos de Piruinha
O Ministério Público do Rio de Janeiro, em conjunto com a Polícia Civil, deflagrou a Operação Bancarrota com o objetivo de combater a exploração ilegal do jogo do bicho e das máquinas de caça-níqueis.
A ação incluiu o cumprimento de mandados de busca e apreensão em 14 endereços relacionados ao bicheiro José Caruzzo Escafura, conhecido como Piruinha.
Entre os locais alvos da operação estão a sede do Clube Oposição, localizada no bairro Abolição, e do Clube Grêmio Recreativo Vera Cruz, em Piedade, ambos na Zona Norte da cidade. Segundo informações do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), esses locais estariam funcionando como cassinos clandestinos.
A operação foi coordenada pelo Gaeco em conjunto com a Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) e contou com o apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) e do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), todos da Polícia Civil.
Gerentes dos jogos ilegais
Além dos endereços relacionados ao bicheiro Piruinha, a operação também visa atingir membros da organização criminosa responsáveis por gerenciar os estabelecimentos de jogos ilegais, assim como bares e comércios que abrigam máquinas caça-níqueis.
Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 2ª Vara Especializada em Organização Criminosa da Capital e estão sendo cumpridos em diversos bairros, como Engenho Novo, Bento Ribeiro, Jacarepaguá, Realengo, Madureira, Cascadura, Brás de Pina e Cavalcanti.
Bicheiro do Rio é absolvido de acusação de assassinato
Piruinha foi absolvido, na última quinta-feira, 25, da acusação de ser o mandante do assassinato do comerciante de carros Natalino José do Nascimento Espínola. O julgamento, que ocorreu no Rio de Janeiro, também absolveu a filha de Piruinha, Monalizza Neves Escafura, e o policial militar Jeckson Lima Pereira.
A decisão resultou na revogação das prisões preventivas de Piruinha e de sua filha, além da derrubada das medidas cautelares anteriormente impostas, como a apreensão de bens e valores.
O crime ocorreu em julho de 2021, na Vila Valqueire, na Zona Oeste do Rio. Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público do Rio (MPRJ), o homicídio teria sido motivado por uma dívida de R$ 500 mil.
Promotor pediu absolvição
Segundo reportagem do G1, durante o julgamento, o promotor do caso sugeriu a absolvição dos réus, argumentando a falta de provas que comprovassem o envolvimento dos acusados no crime.
Piruinha, que possui 94 anos, participou do julgamento por videoconferência, estando em uma cama hospitalar. No entanto, ele não foi interrogado. Sua defesa negou qualquer envolvimento dele no crime e destacou a falta de investigação policial no caso.
Por sua vez, o policial militar Jeckson Lima Pereira foi interrogado durante o julgamento e afirmou não ter participado do crime, bem como não trabalhar para Piruinha.
A defesa da filha do bicheiro também negou qualquer ligação dela com a morte do comerciante.
A denúncia apontava que o policial militar seria o executor do crime, enquanto Piruinha e sua filha seriam os mandantes. De acordo com o MPRJ, o comerciante assassinado e Monalizza eram sócios em um empreendimento que não obteve sucesso.
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