Lula escala Alckmin para confronto com Bolsonaro
Governo tenta diminuir a visível falta de popularidade com o setor agropecuário na abertura da Agrishow deste ano
Após o fiasco do ano passado com o desconvite ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, na abertura da maior feira de agronegócios do país (Agrishow), o governo tenta diminuir a visível falta de popularidade com o setor agropecuário em uma abertura fechada ao público na edição da feira deste ano.
A iniciativa inédita é uma estratégia para evitar o desconforto causado com o convite ao ex-presidente Jair Bolsonaro para a abertura da feira, que gerou protestos do governo Lula e ameaças de retirada de patrocínio.
Nesta edição, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, foi escalado pelo presidente da República para a cerimônia, fechada para o público em geral e aberta apenas para expositores e imprensa na manhã deste domingo, 28.
A cerca de 5 quilômetros de distância, o ex-presidente Jair Bolsonaro promove manifestação em uma das principais esquinas de Ribeirão Preto, o encontro entre as avenidas Getúlio Vargas e João Fiuza.
Na segunda-feira, 29, no entanto, Bolsonaro promete estar na abertura de facto da feira, quando o evento estará aberto ao público em geral.
Os organizadores não apresentaram prognósticos, mas avaliam que a Agrishow deste ano deve repetir o desempenho do ano passado e receber cerca de 200 mil visitantes até o dia 3 de maio.
Esta é a 29ª edição da Agrishow, que reuniu na edição anterior mais de 800 marcas expositoras em 530.000 metros quadrados de área. De acordo com os responsáveis pelo evento, a feira foi responsável por quase 14 bilhões de reais em negócios realizados no setor em 2023.
A expectativa é que o fluxo de pessoas atraído para a feira injete cerca de 500 milhões de reais na economia do município de Ribeirão Preto, que abriga cerca de 750 mil habitantes.
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