“Falha técnica”, diz X ao STF sobre exibição de perfis bloqueados
De acordo com o X, seis perfis bloqueados no Brasil conseguiram divulgar links de transmissão por causa da uma falha técnica da plataforma
O X, antigo Twitter, anunciou que uma falha técnica que permitiu que seis perfis bloqueados por decisões judiciais divulgassem links para transmissões ao vivo em outras redes. A empresa esclareceu que essas publicações eram visíveis apenas em dispositivos móveis e que a falha já foi corrigida.
De acordo com o X, os usuários das contas mencionadas, incluindo Allan dos Santos, tentaram burlar as restrições impostas através do uso inovador do recurso Spaces, que permite a comunicação por áudio.
A empresa ressaltou que não houve reativação dessas contas nem autorização para seu uso na plataforma, mas sim uma falha técnica isolada. Através de uma atualização do aplicativo no sistema iOS, essa falha foi corrigida, garantindo que tais contas fiquem impedidas de realizar qualquer atividade de transmissão em tempo real.
Inquérito no STF
As informações sobre essa falha técnica foram protocoladas no inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar a suposta obstrução de Justiça pelo bilionário Elon Musk, proprietário do X. O ministro Alexandre de Moraes é o relator do caso e havia solicitado que a plataforma se manifestasse sobre o relatório da Polícia Federal (PF), que identificou pelo menos seis perfis bloqueados com alguma atividade no X.
No documento apresentado pelos advogados do X Brasil, a plataforma argumentou que o relatório da PF pode levar a uma interpretação incompleta da eficácia e abrangência das medidas adotadas pelas operadoras da rede social, sem levar em consideração os desafios enfrentados na contenção de usuários mal-intencionados.
Falha foi pontual
A empresa afirmou que a falha técnica também permitiu que os seis perfis bloqueados exibissem foto de perfil, foto de capa e a biografia do usuário em aplicativos móveis, porém, as publicações continuaram bloqueadas e não apareceram.
A plataforma X enfatizou que essa falha operacional foi pontual e não representa uma violação das ordens judiciais emitidas pelo STF e TSE. Segundo a empresa, essa discrepância foi resultado de um problema técnico isolado, sem qualquer intenção por parte das operadoras do X de contornar ou desrespeitar as decisões judiciais vigentes.
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