Os Estados Unidos entregaram discretamente mísseis do sistema Army Tactical Missile System (ATACMS) à Ucrânia, ampliando significativamente o suporte militar em resposta à invasão russa.

O ATACMS é um sistema de mísseis táticos capaz de atingir alvos a até 300 quilômetros de distância, proporcionando à Ucrânia a habilidade de realizar ataques precisos bem além de suas linhas de frente.

Esta entrega faz parte de um pacote de ajuda militar no valor de US$ 300 milhões aprovado pelo presidente Joe Biden em 12 de março. Os mísseis foram empregados pela primeira vez no dia 17 de abril, contra instalações em território contestado da Crimeia, e novamente em um ataque noturno contra forças russas no sudeste ucraniano.

Jake Sullivan, assessor de segurança nacional da Casa Branca, confirmou em coletiva que uma quantidade “significativa” desses mísseis foi enviada, com promessas de mais remessas futuras. Ele enfatizou o compromisso da Ucrânia em não utilizar os mísseis para ataques dentro da Rússia.

O envio dos ATACMS marca uma escalada no apoio militar americano à Ucrânia, buscando equilibrar as ações militares na região e fortalecer a defesa ucraniana. O apoio dos EUA continua a ser um fator crítico no conflito prolongado entre Ucrânia e Rússia.

Pacote de US$ 60 bi para Ucrânia muda o jogo contra Rússia

Nesta terça, 24, um novo capítulo no conflito ucraniano: os Estados Unidos confirmaram a retomada da ajuda militar à Ucrânia com um pacote de US$ 60 bilhões. A jornalista e escritora Anne Applebaum destacou que essa movimentação altera significativamente o cenário do conflito, enfraquecendo a campanha russa de desmoralização, que se valia de propaganda para minar o moral ucraniano.

Segundo Applebaum, a demora no envio desse suporte fortaleceu temporariamente a minoria pró-Rússia dentro do Partido Republicano dos EUA, além de ter impactos devastadores para a Ucrânia no campo de batalha, com perdas de vidas, território e infraestrutura. “Agora que o pacote foi aprovado, a campanha de desmoralização russa sofre um sério golpe”, declarou ela.

Em seu artigo na ‘The Atlantic’, a jornalista também aborda a importância de estratégias futuras que incluem intensificação das sanções econômicas e o apoio a métodos de guerra não convencionais, considerados essenciais para contestar mais eficientemente o poderio militar russo e garantir apoio contínuo à Ucrânia.

O artigo chama a atenção da comunidade internacional para a continuidade da ajuda à Ucrânia, ressaltando que o apoio é crucial para o futuro do país em meio a constantes desafios geopolíticos e militares.