StandWithUs Brasil repudia “omissão” do governo Lula sobre ataque do Irã
Para a instituição, o governo brasileiro tinha o dever de condenar o ataque iraniano, como fizeram outros países democráticos
A StandWithUs Brasil manifestou neste domingo, 14, “profunda decepção” quanto à omissão do governo Lula depois de o Itamaraty divulgar uma nota que não condenou o Irã pelo ataque sem precedentes contra Israel, na noite de sábado.
Para a instituição, presidida pelo cientista político André Lajst, o governo brasileiro tinha o dever de condenar o ataque iraniano, como fizeram outros países democráticos.
“A nota emitida na noite do sábado (13), pelo Itamaraty, não repudiou a agressão do regime iraniano contra o povo israelense, limitando-se a falar em ‘preocupação’ por ‘relatos’ de ‘envio de drones e mísseis’ — apesar do documento ter sido divulgado quando o mundo inteiro já sabia da magnitude do ataque”, afirma a StandWithUs Brasil, em comunicado assinado por André Lajst.
“Mais de 350 drones com carga explosiva e 200 mísseis balísticos foram disparados contra cidades densamente povoadas, nas quais os artefatos poderiam ter causado dano gravíssimo, não fosse a rápida e eficaz resposta do sistema de defesa israelense e a solidariedade internacional dos EUA, Reino Unido, Jordânia, entre outros países.
Por outro lado, a nota oficial da chancelaria brasileira menciona o ‘conflito em curso na Faixa de Gaza’ enquanto ponto de partida da situação atual, como se a guerra de Israel contra o Hamas não tivesse sido consequência do ataque terrorista de 7 de outubro. Data esta considerada o maior massacre de judeus por serem judeus desde o Holocausto. Além disso, desconsidera-se que ainda há 133 reféns arrancados do território israelense nas mãos dos terroristas. Ademais, vale lembrar que esse ataque foi realizado por uma organização terrorista financiada pelo regime iraniano.
Foi profundamente decepcionante também o fato de o texto do Itamaraty citar que a situação de Gaza está ‘se alastrando‘ ao Líbano, à Síria e ao Iêmem, como se isso fosse espontâneo, e não porque o Irã tem usado seus proxies nesses países (os Houthis, o Hezbollah, o Hamas e a Jihad Islâmica) para atacar Israel numa guerra por procuração, que ontem (13), pela primeira vez, teve um ataque direto.
Brasil e Israel são nações amigas, desde a fundação do Estado, em 1948. Diante do histórico da relação, esperava-se solidariedade do governo brasileiro, a exemplo da manifestada por países latino-americanos, como México e Chile.
Esperamos que a participação do Brasil no BRICS não extrapole as relações comerciais, chegando a macular nossa política exterior, aproximando-nos de um regime teocrático totalitário que oprime as mulheres e a população LGBT, encarcera dissidentes e jornalistas, além de financiar o terrorismo e a violência no mundo.”
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