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A conexão do PCC com as FARC

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 10.04.2024 09:50 comentários
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A conexão do PCC com as FARC

Operação Fim da Linha: Promotor revela conexões internacionais do PCC e destaca importância da cooperação entre instituições

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A conexão do PCC com as FARC
Reprodução/redes sociais

O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, responsável por investigar o Primeiro Comando da Capital (PCC), revelou que a facção criminosa está associada a diversos grupos criminosos em todo o mundo. Entre eles, destacam-se a máfia italiana Ndrangheta, a máfia dos Balcão, atuante no tráfico internacional de drogas, máfias africanas e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

Em entrevista à CNN Brasil, Gakiya disse que o PCC já conta com cerca de 40 mil membros espalhados pelo Brasil, América do Sul e alguns países europeus.

O que começou como uma pequena organização dentro de um presídio em Taubaté se tornou uma das maiores organizações criminosas do mundo.

O promotor ressaltou a importância de agir de forma coordenada e integrada entre as forças de segurança e os ministérios públicos para combater essas organizações. Ele enfatizou que é papel do governo federal garantir essa coordenação.

Operação Fim da Linha

A operação Fim da Linha, deflagrada nesta terça-feira, 9, em São Paulo, foi resultado da cooperação entre diversas instituições. Durante a operação, dirigentes de duas empresas que operam linhas municipais de ônibus na capital paulista foram presos e afastados dos cargos. O Ministério Público, a Receita Federal e o Coaf desempenharam papéis fundamentais ao elucidar a ligação financeira entre as empresas de transporte e o PCC.

Gakiya explicou que a oportunidade de negócios no ramo dos transportes surgiu para alguns criminosos a partir da greve de ônibus nos anos 2000, quando perueiros foram contratados pela Prefeitura. No entanto, devido à periculosidade da facção, há dificuldade em obter denúncias e testemunhas sobre esses crimes.

Os indícios contra as empresas Transwolff e Upbus, alvos da Operação Fim da Linha, surgiram após a deflagração da Operação Sharks em 2020. Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), essas empresas eram as únicas interessadas nas licitações das quais participaram para operar linhas de ônibus lucrativas, o que levantou suspeitas. Existem mais de cinco casos semelhantes sendo investigados, com outras empresas envolvidas. A Polícia Civil de São Paulo, com apoio do Gaeco, está conduzindo essas investigações.

Laranjas para lavar dinheiro

O promotor destacou a necessidade de um “compliance” no setor público, especialmente na área de contratações. Ele ressaltou que os criminosos utilizam laranjas e empregam estratégias sofisticadas para ocultar a lavagem de dinheiro. Eles contam com a ajuda de contadores nesse processo. Em uma das investigações, já foram identificadas mais de 30 empresas coligadas.

Gakiya esclareceu que, até o momento das investigações, não foi constatada a participação de servidores públicos no esquema nem omissão por parte da Prefeitura de São Paulo.

Na noite de ontem, o MPSP apresentou duas denúncias à Justiça contra 26 investigados na Operação Fim da Linha. Três dos quatro mandados de prisão foram cumpridos durante a ação, e outras três pessoas foram detidas em flagrante.

O PCC está por todo lugar

Segundo Gakyia, a facção criminosa, chefiada por Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, está infiltrada no estado por meio de várias empresas.

“O que nos preocupa é que a organização está tomando tamanho de máfia, se infiltrando no estado, participando de licitações de estado. Isso é característico de máfias, como a gente já viu na Itália. […] E essa operação está atuando na asfixia financeira desse grupo”, disse o promotor em entrevista coletiva após a operação do Ministério Público que prendeu dirigentes de empresas de ônibus por ligação com o PCC.

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