De acordo com os dados atualizados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde nesta quarta-feira, 3, o Brasil já registrou mais de mil óbitos causados pela dengue nas primeiras treze semanas deste ano.

Esse número é o terceiro maior desde o início da série histórica em 2000, sendo que o recorde ocorreu em 2023, com 1.094 mortes. No mesmo período do ano passado, foram registradas apenas 388 mortes.

Até o momento, foram notificados 2.671.332 casos de dengue no país, uma taxa inédita para esse período do ano. Em comparação, no ano de 2023 foram registrados 589.294 casos entre as semanas 01 e 13.

Mais de 4 milhões de casos

A secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, afirmou em fevereiro que a estimativa para este ano é de 4,2 milhões de casos no total. No entanto, nesta semana o governo informou que a maioria dos estados brasileiros já superou o pico de casos da doença.

Dos 27 estados da federação, oito estão em tendência de queda consolidada e outros 12 estão em tendência de estabilidade. Essa diminuição nos casos prováveis de dengue tem sido observada e está se consolidando segundo a secretária.

Até o momento, 11 unidades da federação já decretaram emergência devido à dengue: Acre, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Amapá, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

Sorotipos do vírus

O Ministério da Saúde também mapeou os sorotipos do vírus da dengue com maior circulação no país. O sorotipo 1 é o mais presente em todo o Brasil, sendo registrado em todos os estados. Em seguida, temos o sorotipo 2, presente em 24 estados e no Distrito Federal.

Os quatro sorotipos de dengue estão circulando simultaneamente no território nacional. No entanto, apenas Minas Gerais registrou a presença de todos os sorotipos atuando ao mesmo tempo.

De acordo com reportagem do G1, uma pessoa pode contrair dengue até quatro vezes ao longo da vida devido à possibilidade de infecção pelos diferentes sorotipos do vírus. Após se recuperar de uma infecção por um determinado sorotipo, a pessoa adquire imunidade para aquele tipo específico.

Para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, é importante eliminar os focos de água parada em casa. Segundo especialistas, bastam 10 minutos por semana para realizar essa tarefa e contribuir para a prevenção da doença.