Trabalhadores de aplicativo protestaram nas últimas horas contra a regulamentação de profissão, encampada pelo governo Lula.

Motoristas reclamaram no Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira, 26, do projeto de lei apresentado pelo Palácio do Planalto para tratar do trabalho intermediado por plataformas como Uber.

Ontem, motociclistas que trabalham com entregas em Minas Gerais se manifestaram em Belo Horizonte (foto) contra a perspectiva de regular o serviço mediado pelo iFood, que o governo Lula prometeu pressionar.

Não entendem

Os protestos confirmam o que as plataformas argumentam — e que O Antagonista já vem mostrando há meses: que o governo não entende o ofício desses trabalhadores e está tentando encaixá-los em modelos antigos.

“Existem pautas que não nos representam, que não foram votadas por nós. Não somos contra as propostas de regulamentação, mas sim alguns pontos como, por exemplo, 32 reais a hora trabalhada. Isso é totalmente injusto. Querem nos limitar a trabalhar 8 horas por dia, sendo que seria 32 reais a hora”, disse um motorista ouvido pelo portal G1 no Rio.

“Sindicato não nos representa”

Em Minas, as faixas expostas pelos trabalhadores de aplicativo diziam “Não à regulamentação, sim à liberdade de trabalho” e “Sindicato não nos representa”. Eles protestaram em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais aos gritos de “se o governo taxar, os motoca (sic) vai parar”. Também se ouviu na manifestação o clássico “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”.

“O motivo dessa manifestação é referente a esse PL novo aí, que o Lula está querendo empurrar goela abaixo nos trabalhadores. Tanto os motoristas quanto os motoboys não estão satisfeitos. A gente não quer ficar preso na mão de sindicato. Não estamos a favor e não somos ouvidos”,  disse ao jornal O Tempo Ederson Júnior, conselheiro de mobilidade urbana e representante do Fórum dos Motociclistas.

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