ONU emite alerta vermelho após recorde de calor
De acordo relatório anual da ONU, as temperaturas médias atingiram o nível mais alto em 174 anos de documentação
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) emitiu um alerta vermelho, nesta terça-feira, 19, ao anunciar que todos os principais recordes climáticos globais foram quebrados no ano passado. Além disso, a organização expressou ainda mais preocupação com o aquecimento dos oceanos e a redução do gelo marinho.
De acordo com o relatório anual da agência meteorológica da ONU sobre o estado do clima global, as temperaturas médias atingiram o nível mais alto em 174 anos de documentação, ultrapassando os níveis pré-industriais em 1,45°C. Esse aumento é significativo e representa uma clara evidência das mudanças climáticas em curso, segundo reportagem da CNN Brasil.
Temperaturas nos oceanos
Outro dado apresentado pela OMM é o registro das temperaturas dos oceanos mais altas em 65 anos de dados. Mais de 90% dos mares enfrentaram condições de ondas de calor durante o ano, o que tem impactos negativos nos sistemas alimentares. A comunidade da OMM está soando o Alerta Vermelho ao mundo, alertando para a urgência de ações efetivas para combater as mudanças climáticas.
Celeste Saulo, secretária-geral da OMM, destacou que o aquecimento do oceano é particularmente preocupante, pois é quase irreversível e pode levar milênios para ser revertido. Ela ressaltou que as características da água mantêm o conteúdo de calor por mais tempo que a atmosfera, intensificando ainda mais a tendência preocupante.
O chefe de monitoramento climático da OMM, Omar Baddour, afirmou que há uma alta probabilidade de que 2024 estabeleça novos recordes de calor. Isso ocorre porque o ano seguinte ao fenômeno climático natural El Niño costuma ser ainda mais quente. Essa previsão reforça a necessidade urgente de tomar medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e mitigar os impactos das mudanças climáticas.
Diminuição do gelo marinho
O relatório divulgado pela OMM também revelou uma grande diminuição no gelo marinho da Antártica, com uma área aproximadamente equivalente ao tamanho do Egito. Essa tendência, combinada com o aquecimento dos oceanos, tem contribuído para um aumento acelerado do nível do mar nas últimas décadas.
As temperaturas mais altas dos oceanos têm afetado os ecossistemas marinhos e levado muitas espécies de peixes a migrarem em busca de temperaturas mais frias. Isso causa um desequilíbrio nos ecossistemas e afeta diretamente as atividades humanas relacionadas à pesca e ao turismo costeiro.
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