Os juros futuros voltaram a subir na sessão desta quinta-feira, 14, após dados do volume de vendas no varejo muito mais forte que o esperado no Brasil e pressão sobre os preços ao produtor americano acima das expectativas.

As taxas locais em praticamente todos os vencimentos subiram, com os prazos intermediários com alta de até 13 pontos base. O movimento foi uma reação aos títulos de 10 anos americanos que dispararam 10 pontos base nos Estados Unidos, após os números de inflação ao produtor corroborarem um adiamento no início dos cortes da taxa básica americana para o segundo semestre.

Desde o início do mês, o mercado vem reprecificando as probabilidades começo das reduções dos juros nos EUA. No início deste mês, apenas duas semanas atrás, investidores davam como certa uma redução de 0,25 ponto percentual ainda em junho. Agora, a precificação da curva indica um chance levemente acima de 60%.

Por aqui, as perspectivas para Selic têm acompanhado parte das alterações americanas. Nesta quinta-feira, 14, a taxa terminal para os investidores brasileiros voltou a ficar acima de 9,5% ao ano, indicando que o mercado têm visto o patamar de juros americano como um limitador dos cortes na taxa básica de juros por aqui.

Ibovespa pressionado por Vale e Petr; Embraer decola

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, encerrou o dia em queda de 0,25%, aos 127,7 mil pontos, com Vale (-1,27%), B3 S.A. (-1,96%) e Petrobras (-0,44% PN; -0,68% ON) liderando as contribuições negativas. Do lado positivo, as ações da Embraer destoaram do restante dos papéis que compõem o indicador e encerraram o dia em alta de 10,21%;

As ações fabricante de aviões brasileira foram impulsionadas por um relatório da Goldman Sachs revisando as expectativas para a companhia e indicando que a empresa deve começar a competir em pé de igualdade com Airbus e Boeing em alguns anos.

Além dela, Eletrobras (+1,41%), que divulgou balanço antes da abertura do pregão, e Vibra (+2,31%) foram as principais contribuições positivas ao Ibovespa.

O dólar teve mais um dia de volatilidade reduzida, mas a moeda americana ainda assim avançou 0,2% contra o real, para encerrar as negociações valendo 4,99 reais