Ilha de Cultura: 5 obras para acreditar no Brasil, por Alexandre Soares
O colunista de Crusoé recomenda clássicos da literatura adulta e juvenil e um musical americano que mostram um país onde dá vontade de morar
Os leitores de Crusoé conhecem muito bem Alexandre Soares Silva. Desde 2021, ele publica artigos na revista, com o delicioso mau humor que os caracteriza.
Os artigos de Alexandre são um pedacinho do seu trabalho como escritor e roteirista. Seu quarto romance, Totolino (Editora Danúbio), foi lançado em 2022. É a história de um assassino napolitano que mata cantando ópera e, a certa altura, vem aterrorizar os brasileiros. Outros títulos “da sua lavra” (perdão pelo arcaismo) são O Homem Que Lia Os Seus Próprios Pensamentos (Danúbio), A Coisa Não-Deus (Record) e coletânea de não-ficção A Humanidade É Uma Gorda Dançando em Um Banquinho (Realejo) — todos engenhosos e engraçados. Na televisão e no cinema, ele colaborou em séries como O Negócio (Netflix, 2013-2018) e filmes como Pronto, Falei (2022).
Para sua participação em Ilha de Cultura, sugerimos que Alexandre comentasse obras que permitissem entender por que o Brasil não dá certo. Mas ele preferiu dar um drible nas expectativas e falar sobre cinco obras que ajudam a acreditar no Brasil:
Sítio do Picapau Amarelo — “Meu primeiro contato com um Brasil que não era desagradável”, diz Alexandre sobre a série de clássicos infantis de Monteiro Lobato, hoje em domínio público.
O Gênio do Crime — Alexandre louva o autor deste outro clássico juvenil, João Carlos Martins (cuja obra é muito mais extensa e variada) pela graciosidade da sua escrita. “Ele mostra como a nossa linguagem do dia a dia pode servir para a literatura.”
Dom Casmurro — Machado de Assis seria, obviamente, inescapável. “A melhor coisa que o Brasil fez, em qualquer área”, diz Alexandre. Que escolheu Dom Casmurro porque queria insistir que a dúvida sobre se Capitu traiu Bentinho ou não é de todo justificável, ao contrário do que se tornou padrão dizer nos comentários do sobre o romance.
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