Sindicato ameaça greve durante Olimpíadas de Paris
Representante do sindicato disse que vai apresentar um aviso de greve no próximo mês, caso não haja avanço nas negociações
Os trabalhadores do setor público na França estão pressionando por melhores condições de trabalho e um aumento salarial antes do início dos Jogos Olímpicos de Paris. O sindicato CGT, um dos principais do país, ameaçou entrar em greve caso suas demandas não sejam atendidas.
No ano passado, o setor já havia pressionado o governo fazendo as mesmas exigências e ameaçou uma paralisação durante os jogos caso não houvesse compromissos desde o início de 2024. Os sindicatos aumentaram a pressão à medida que o governo iniciou negociações com os trabalhadores do setor público, incluindo polícia, transporte e saúde, para garantir pessoal suficiente durante os Jogos.
À Reuters, Sophie Binet, diretora do CGT, expressou sua preocupação com a falta de ação por parte do governo em relação às reivindicações dos trabalhadores. Ela afirmou que o sindicato apresentará um aviso de greve no próximo mês, caso não haja avanço nas negociações.
Reivindicações do setor
Binet ressaltou a importância de garantir o sucesso dos Jogos Olímpicos e destacou várias questões que precisam ser abordadas. Isso inclui a compensação justa dos trabalhadores por horas extras, a possibilidade de desistir de planos de férias, a necessidade de creches extras e o pagamento de moradia para os trabalhadores na região de Paris durante o evento.
A sobrecarga da força de trabalho já é uma preocupação em Paris, com ameaças à segurança e falta crônica de pessoal nos hospitais e na rede de transporte. A chegada dos Jogos Olímpicos só aumentará essa pressão, especialmente durante a temporada de férias nacionais.
Enquanto o ministro do Interior da França ofereceu bônus para os policiais que trabalharão durante os Jogos, Binet questionou por que os outros trabalhadores do setor público não podem receber os mesmos benefícios. Ela destacou a necessidade de igualdade entre as diferentes categorias de trabalhadores e levantou preocupações sobre a capacidade dos hospitais para lidar com o aumento esperado no número de visitantes durante o evento.
Com início previsto para o final de julho, no meio da temporada de férias nacionais, os jogos olímpicos devem sobrecarregar ainda mais a força de trabalho de Paris. A cidade já enfrenta ameaças crescentes de segurança e escassez crônica de pessoal nos hospitais e na rede de transporte.
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