Tabata Amaral não quer saber de manifestação contra Bolsonaro
Pré-candidata à prefeitura de São Paulo, a deputada federal não pretende aderir aos movimentos convocados pelo esquerda
Tentando colocar sua pré-candidatura à prefeitura de São Paulo no centro, a deputada Tabata Amaral (PSB) já indicou que não pretende participar das manifestações convocadas pela esquerda contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os atos estão sendo marcados pelos movimentos sociais para o dia 23 de março.
Tabata tenta viabilizar sua campanha justamente no chamado “eleitor moderado”. A estratégia seria uma forma de fugir da polarização encampada por Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato apoiado pelo presidente Lula (PT), e pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A avaliação de pessoas envolvidas na pré-candidatura de Tabata é de que as manifestações podem ser “um tiro pé”. Nos cálculos, uma baixa adesão aos atos pode ampliar o capital político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e enfraquecer os pré-candidatos do campo progressista.
PT diverge sobre manifestações
Além de Tabata, as manifestações da esquerda têm sido uma incógnita até mesmo entre membros do PT. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, aliados de Lula afirmam que a comparação dos atos com o convocado pelo ex-presidente Bolsonaro na Avenida Paulista no último dia 25 será inevitável.
Na quinta-feira, 29, a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR, foto), compartilhou um flyer em suas redes sociais, convocando a militância para o ato.
Batizado como “Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Democracia”, o ato terá como mote a “punição aos golpistas”, em resposta ao pedido de anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro feito por Bolsonaro e seus aliados no domingo, 25.
“As Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo em conjunto com os partidos do campo democrático e popular e entidades da sociedade civil convocam para a Jornada de Luta em Defesa da Democracia: sem anistia, punição aos golpistas. Golpe nunca mais!”, diz o texto.
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