Fundação Palmares se retrata após receber extremista que zombou de refém
"Sayid" Tenório foi recebido pelo presidente na fundação. Segundo nota, eles não sabiam do histórico do extremista "Sayid" Tenório
Depois que O Antagonista noticiou a visita à Fundação Palmares de José “Sayid” Marcos Tenório, que, como o portal também noticiou em primeira mão, zombou de uma mulher sequestrada pelo Hamas, a fundação se retratou:
“A Fundação Cultural Palmares (FCP) vem a público pedir desculpas sobre a publicação realizada em suas mídias sociais, na última quarta-feira (21), na qual o presidente João Jorge Rodrigues recebeu, em uma agenda institucional, o presidente do Centro Islâmico de Brasília, Sayid Marcos Tenório.
O encontro formal foi solicitado por Tenório para entrega de livros e tanto o presidente João Jorge, quanto os servidores da Fundação desconheciam o histórico de suas manifestações nas redes sociais em apoio a atos extremistas e violentos.
Diante da repercussão, cumpre à FCP reforçar o compromisso do seu presidente e de toda equipe com a pluralidade, diversidade cultural e religiosa e com a luta contra o racismo.
Nesse momento de guerras e conflitos políticos internacionais, destacamos que não compactuamos com posicionamentos que apoiam a violência e atos extremistas de qualquer ordem.”
Publicação da Fundação Palmares
Na quarta-feira, 21, Tenório foi recebido pelo presidente da Fundação Palmares, João Jorge Rodrigues, a quem entregou cópias do Alcorão e do livro “Palestina – Do mito da terra prometida à terra da resistência”.
“Nós, da comunidade muçulmana, nos sentimos muito honrados em ter sido convidados e continuar sendo convidados para as atividades inter-religiosas, inter-culturais da Fundação”, afirmou Sayid Tenório em vídeo compartilhado pela Fundação Palmares na rede social X, antigo Twitter.
Extremista zomba de mulher sequestrada
Recebido pelo ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais do governo Lula, às vésperas do ataque do Hamas contra Israel, o extremista “Sayid” Tenório, vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina, zombou na rede social X, ex-Twitter, de uma mulher sequestrada por terroristas.
“Isso é marca de merda. Se achou nas calças”, disparou ele, acrescentando um emoji de risada, diante do vídeo que mostra terroristas armados retirando do porta-malas de um jipe e conduzindo pelos cabelos até o banco de trás uma refém ensanguentada, de mãos atadas e calça manchada na altura das nádegas.
O comentário foi uma resposta à usuária identificada como Eva, que publicou as referidas imagens acompanhadas da pergunta: “Estuprar civil ajuda no que a Palestina?”
Embora Lula tenha omitido o nome do Hamas em suas “condolências aos familiares das vítimas” dos ataques terroristas de sábado, o também negacionista Sayid Tenório havia acabado de criticar o presidente na rede social, negando o terror do Hamas, sem distinguir seus membros e os palestinos inocentes:
“Que declaração fajuta. Que ataque terrorista o que, Lula! Os palestinos têm o direito de resistir a [sic] opressão e o [sic] roubo de terras que Israel pratica há mais de 75 anos”, afirmou.
Demissão de Tenório
Depois de chancelar por quatro anos o extremista José Marcos “Sayid” Tenório como seu assessor parlamentar, o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) anunciou a demissão dele no mesmo dia. O motivo foi o repúdio à postagem do extremista
Na época, diante das reações de repulsa, o assessor de Jerry apagou sua conta na rede social, e Alexandre Padilha, o ministro de Relações Institucionais, foi alvo de um pedido de explicações por ter recebido em seu gabinete o apoiador do grupo terrorista.
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