Considerado a prévia da inflação oficial do país, o IPCA-15 registrou alta de 0,78% em fevereiro, conforme dados divulgados nesta terça-feira, 27, pelo IBGE.

Com o resultado, o indicador ficou 0,47 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada de janeiro, de 0,31%.

Em 2024, o IPCA-15 acumula alta de 1,09% e, em 12 meses, de 4,49%. Em fevereiro de 2023, a prévia da inflação foi de 0,76%.

Alta em oito dos nove grupos pesquisados

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, oito tiveram alta em fevereiro, com destaque para a educação, que subiu 5,07%, seguida por alimentação e bebidas, com alta de 0,97%, e saúde e cuidados pessoais, com avanço de 0,76%.

O único grupo de produtos e serviços que caiu foi vestuário, cujos preços recuaram 0,39%.

O impacto da educação na prévia da inflação

No grupo educação, a maior contribuição para a elevação da prévia da inflação foi atribuída aos cursos regulares, 6,13%, devido aos reajustes praticados no início do ano letivo.

Segundo o IBGE, as maiores variações foram observadas no ensino médio, 8,58%, no ensino fundamental, 8,23%, e na pré-escola, 8,14%.

Os preços de curso técnico, 6,01%, creche, 5,91%, ensino superior, 3,74%, pós-graduação, 2,81%, também subiram e contribuíram para o avanço da prévia da inflação.

Alimentação e bebidas também subiram

No grupo alimentação e bebidas, o maior aumento no IPCA-15 de fevereiro foi verificado em alimentação no domicílio, que subiu 1,16%.

Contribuíram as altas da cenoura, 36,21%, da batata-inglesa, 22,58%, do feijão-carioca, 7,21%, do arroz, 5,85%, e das frutas, 2,24%.

A alimentação fora do domicílio acelerou 0,48% em relação ao mês de janeiro, quando contribuiu com um aumento de 0,24%. De acordo com o IBGE, a refeição, alta de 0,35%, e o lanche, alta de 0,79%, tiveram variações superiores às observadas no mês anterior, quando avançaram 0,32% e 0,16%, respectivamente.