Reportagem publicada neste domingo, 25, no jornal The Guardian mostra que a UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina) enfrenta um déficit de US$ 450 milhões de um orçamento de US$ 880 milhões, em meio à maior crise nos 75 anos de história da organização.

Pelo menos 18 países, incluindo Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido, suspenderam o financiamento da agência após o escândalo do envolvimento direto de funcionários da agência com os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro.

Na semana passada, Philippe Lazzarini, chefe da agência, disse que a UNRWA havia atingido um “ponto de ruptura”. Agora, ele afirma que foi forçado a interromper as entregas de ajuda ao norte de Gaza, onde atualmente não é “possível conduzir operações humanitárias adequadas”.

A maioria dos países doadores se compromete com a verba com um ano de antecedência. A ONU cobre apenas os salários do pessoal internacional. A UNRWA precisa arrecadar fundos para os salários do pessoal local e para os custos operacionais.

Recentemente, o Ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, revelou um “Folheto da UNRWA” que continha evidências do envolvimento dos funcionários da organização em atividades terroristas. 

Dos 12.000 funcionários da UNRWA em Gaza, 440 são terroristas ativos do Hamas, atualmente lutando contra as Forças de Defesa de Israel, segundo as autoridades israelenses. Cerca de 2.000 outros funcionários são colaboradores registrados do Hamas. Outros 7.000 funcionários da UNRWA teriam ao menos um parente de primeiro grau que é terrorista do Hamas.

Lula promete aumentar doações à UNRWA

Lula afirmou que o Brasil vai aumentar a doação de recursos públicos à Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA).

O movimento é o oposto ao dos Estados Unidos, Reino Unido, Japão e mais de uma dezena de outros países, que suspenderam o financiamento ao principal órgão da ONU na Faixa de Gaza.

Em sessão do Conselho de Representantes da Liga Árabe, no Egito, o petista afirmou que as recentes denúncias contra funcionários da agência “não podem paralisá-la”, embora funcionários da UNRWA tenham tido alguma relação com os ataques de 7 de outubro de 2023.