Crusoé: A farra dos supersalários
Rendimentos do funcionalismo público estouram o teto e ultrapassam 1 milhão de reais por mês
Restritos a uma casta de funcionários públicos, os supersalários estouram o teto e ultrapassam 1 milhão de reais por mês. Com a retomada dos trabalhos do Congresso, em fevereiro, propostas de acabar com essa farra nos vencimentos voltaram à tona, mas o presidente da Câmara, Arthur Lira, já indicou que só levará o tema adiante após consenso entre os líderes partidários, diz Crusoé.
“Pouco antes de se aposentar, em novembro do ano passado, a juíza Maria Izabel Pena Pieranti, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, recebeu um contracheque de 1.101.657 reais. O valor incluiu ‘direitos eventuais’, como reparação de férias não gozadas (791 mil reais) e venda de dias de repouso não usufruídos (286 mil reais). Na mesma Corte, Caio Luiz Rodrigues Romo levou 909 mil reais em maio de 2023. O holerite foi turbinado com o pagamento de férias atrasadas.”
“Os dois casos constam de uma planilha do Conselho Nacional de Justiça, o CNJ, criado para disciplinar e monitorar o Judiciário brasileiro. Além deles, aparecem os nomes de Zulma Edméa de Oliveira Ozório e Góes (TJMG, 790 mil reais em setembro), José Roberto Pinheiro Maia Bezerra Júnior (TJPA, 678 mil reais em dezembro), Weber Lacerda Gonçalves (TJPA, 677 mil em junho) e Iris Helena Medeiros Nogueira (TJRS, 662 mil reais em abril).”
“São todos exemplos de supersalários, aqueles benefícios legais que são restritos a uma casta de funcionários públicos. Com a retomada dos trabalhos do Congresso, em fevereiro, propostas de acabar com essa farra nos vencimentos voltaram à tona na discussão de uma reforma administrativa. Ministros e membros da oposição já se declararam a favor de cortar os supersalários. Mas Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, indicou que só levará o tema adiante após consenso entre os líderes partidários.”
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