Stédile, Gleisi e quem mais aloprou junto com Lula
No domingo, 18, Lula voltou a atacar Israel e comparou as operações militares na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffamann, endossou neste domingo, 18, as declarações dadas por Lula na Etiópia, que comparou a operação militar israelense na Faixa de Gaza ao Holocausto dos judeus na Segunda Guerra Mundial.
Para a parlamentar, as palavras do presidente brasileiro foram “claramente” dirigidas ao governo israelense e, sem citar as vítimas israelenses dos ataques de 7 de outubro de 2023, ela afirmou que “nada é tão cruel quanto o que vem sofrendo o povo palestino”.
“As palavras do presidente Lula sobre o extermínio da população de Gaza foram claramente dirigidas ao governo de extrema-direita de Israel, e não aos judeus, ao povo israelense, como tenta manipular Netanyahu. Nada é tão cruel quanto o que vem sofrendo o povo palestino, vítima de uma política de extermínio orientada pelo preconceito e pelo ódio. O governo de extrema-direita de Israel está levando o país ao isolamento internacional e tem recebido a repulsa da civilização. Deveriam se envergonhar de seus crimes contra a humanidade. Parem com o massacre! Sentem-se à mesa para construir a paz, respeitando o direito de todos os povos à soberania e à justiça”, escreveu Gleisi na rede social X, antigo Twitter.
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, Paulo Pimenta, também saiu em defesa de Lula, dizendo que as palavras do presidente brasileiro “sempre foram pela paz”.
“O ministro da Defesa de Israel divulga uma fake news. O Brasil sempre, desde 7 de outubro, condenou os ataques terroristas do Hamas em todos os fóruns. Nossa solidariedade é com a população civil de Gaza, que está sofrendo por atos que não cometeram. Já são mais de 10 mil crianças mortas em Gaza. O número de mortos em Gaza está próximo de 30 mil pessoas e, 70% destas mortes, são de mulheres. Ainda, existem cerca de 10 mil pessoas desaparecidas sob os escombros. Em torno de 1,7 milhão de Palestinos não tem acesso à água potável, comidas e remédios. A comunidade internacional não pode calar diante do massacre de um povo que não pode sofrer um extermínio pelos crimes cometidos por um grupo que deve ser punido pelo que fez. As palavras do presidente Lula sempre foram pela paz e para fortalecer o sentimento de solidariedade entre os povos!”, disse.
João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), elogiou a “coragem” de Lula por comparar a operação militar de Israel em Gaza ao Holocausto.
“Saúdo a coragem de nosso presidente Lula que comparou o que os sionistas estão fazendo agora em Gaza com o nazismo. Um genocídio injustificável desse governo direitista de Israel e que envergonha o povo judeu no mundo”, afirmou.
Lula volta a atacar Israel
No domingo, 18, o presidente Lula voltou a atacar Israel e comparou as operações militares na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler.
“Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula durante entrevista a jornalistas em Adis Abeba, capital da Etiópia.
Na quinta-feira, 15, durante encontro com o ditador egípcio Abdel Fattah al-Sisi, no Cairo, Lula havia afirmado que Israel tem “a primazia” de não cumprir as decisões proferidas pela Organização das Nações Unidas (ONU).
“Israel tem a primazia de descumprir, ou melhor, de não cumprir nenhuma decisão emanada da direção das Nações Unidas.”
Lula, persona non grata em Israel
O ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, afirmou nesta segunda-feira, 19, que o presidente Lula não é bem-vindo em Israel.
“Não esqueceremos nem perdoaremos. É um ataque antissemita grave. Em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel – digam ao presidente Lula que ele é persona non grata em Israel até que o retire”, afirmou o ministro israelense em visita ao memorial do Holocausto, onde se reuniu com o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer.
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