MDB pede punição a Boulos por indícios de Caixa 2
Segundo o diretório emedebista, foram distribuídos, durante o Carnaval, vários leques que faziam alusão à candidatura do psolista
O diretório municipal do MDB em São Paulo ingressou com uma representação nesta quinta-feira, 15, junto ao Ministério Público Eleitoral, pedindo investigação contra a pré-candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) à prefeitura por indícios de realização de campanha antecipada e crime de Caixa 2.
Segundo o diretório emedebista, foram distribuídos, durante o Carnaval, vários leques que faziam alusão à candidatura do psolista. No material, foram impressas expressões como “Fica, vai ter bolo” e “São Paulo mais gostoso com bolo” – ambas em referência ao pré-candidato.
O próprio Boulos, em diversas peças em redes sociais, faz esse trocadilho. O pré-candidato, inclusive, tem um podcast com o nome “Café com Boulos”. O material foi distribuído em pelo menos três blocos de Carnaval de rua de São Paulo.
A argumentação dos advogados do MDB
“É necessária a instauração de investigação, portanto, para a identificação não apenas do responsável pela farta distribuição desse material – com o evidente conhecimento de Guilherme Boulos –, mas também para a identificação das gráficas que imprimiram o material, o seu custo, e a identificação do responsável pelo seu pagamento”, argumentam os emedebistas.
“Também é necessária a instauração da investigação para a identificação da mão de obra utilizada na distribuição desse material, em diversos pontos da cidade, com a apuração dos responsáveis por sua mobilização organizada e criteriosamente distribuída nos locais estratégicos, incluindo os locais em que Guilherme Boulos calculadamente se fez presente para promover-se pessoalmente”, complementam os advogados do partido.
Houve ação coordenada pró-Boulos?
“O fato de um mesmo engenho publicitário ter sido visto num mesmo dia em diversos blocos ao redor da cidade afasta a hipótese de tenha sido uma manifestação política individual, tornando bastante plausível a ideia de que se tratou mesmo de um ato de pré-campanha arquitetado, o que, naturalmente, exige o aporte de um volume considerável de recursos que não estão sendo submetidos ao controle da Justiça Eleitoral”, argumentam os advogados. Agora o caso ficará sob a alçada da Justiça Eleitoral.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)