Lula celebra operação contra Bolsonaro afetando contenção
Petista fez questão de turbinar a repercussão da operação da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro e sua trupe, e tentou amenizar o oportunismo
Lula (foto) fez questão de turbinar a repercussão da operação da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro e sua trupe com um comentário nas redes sociais, como se presidente da República fosse comentarista de batida policial. A declaração foi uma reprodução de trecho de sua entrevista à rádio Itatiaia, concedida na manhã desta quinta-feira, 8. Para amenizar o oportunismo, porém, o petista disse esperar não haver excessos.
“É muito difícil um presidente da República comentar sobre uma operação da Polícia Federal que ocorre em segredo de justiça. Espero que não ocorra nenhum excesso e seja aplicado o rigor da lei. Sabemos que houveram ataques à democracia. Precisamos saber quem financiou os acampamentos. Vamos esperar as investigações”, diz a mensagem compartilhada no perfil do X, ex-Twitter, de Lula.
O verbo haver no sentido de existir é impessoal — ou seja, permanece na terceira pessoa do singular, pois não tem sujeito —; mas, como a impessoalidade não é o forte de Lula, sua postagem diz que “houveram” ataques à democracia. A mensagem foi alterada minutos após a publicação para omitir o erro e ficou assim: “Sabemos dos ataques à democracia”.
Operação Tempus Veritatis
Deflagrada nesta manhã, a Operação Tempus Veritatis apura uma organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção de Bolsonaro no poder, na descrição dos investigadores.
Os agentes cumprem quatro mandados de prisão, entre eles o de Filipe G. Martins, ex-assessor de assuntos internacionais de Bolsonaro, e Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens do ex-presidente. Os dois já foram detidos.
Também são alvo da operação Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, o general Augusto Heleno, o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, e Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice-presidente em 2022, todos aliados de Bolsonaro (PL).
O próprio Bolsonaro recebeu um ordem, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, para entregar seu passaporte em 24 horas.
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