Em um painel da BBC Árabe no último mês, Idit Bar destacou-se como a única israelense a marcar presença regular nos canais de notícias árabes, defendendo Israel.

Naquela noite, enfrentou acusações sobre as políticas de Israel nos territórios palestinos e explicou as divisões dentro da sociedade israelense. Bar descreveu o desafio de responder a alegações duras em uma língua que não é sua língua materna, sentindo-se como um “saco de pancadas”.

Desde o Massacre de 7 de outubro cometido pelo Hamas, a mídia de língua árabe tem adotado majoritariamente a narrativa palestina, muitas vezes ignorando os crimes cometidos contra civis israelenses. Este cenário incluiu até mesmo o canal BBC Árabe, onde Idit é frequentemente convidada.

Com Mestrado na Universidade Hebraica de Jerusalém em Estudos Árabes e Oriente Médio, Idit tem vasta experiência em ensinar árabe e hoje ministra palestras sobre a sociedade e cultura árabe. Sua participação nos painéis não é por representar o governo ou o exército israelense, mas por seu amor declarado a Israel. “Se eu não for, quem vai?”, pergunta.

Ela utiliza seu profundo conhecimento do mundo árabe e muçulmano para confrontar e rebater argumentos, destacando, por exemplo, a “ocupação real” do Oriente Médio pelo Irã, através de financiamento e treinamento de grupos paramilitares.

Além do debate político, Idit também trabalha construindo pontes culturais entre árabes e israelenses, treinando empresários israelenses sobre como abordar parceiros árabes de maneira culturalmente correta. Ela enfatiza a importância do sentimento religioso nas sociedades muçulmanas, um aspecto muitas vezes subestimado pelos israelenses.

Idit destaca a fervorosa ideologia messiânica de muitos muçulmanos, que acreditam na iminente destruição de Israel. Para ela, essas crenças explicam a desumanização dos judeus, facilitando atos brutais como os cometidos pelo Hamas.

A determinação de Idit Bar em representar Israel nos meios de comunicação árabes, com conhecimento e coragem, é um testemunho de sua dedicação e amor pelo país, mesmo num front de batalha muitas vezes negligenciado em tempos de guerra.