Em São Paulo nesta sexta-feira, 2, o presidente Lula (PT) pretende assinar pessoalmente a ficha de filiação de Marta Suplicy ao Partido dos Trabalhadores. O ato simbólico, feito geralmente pelo presidente do diretório municipal, é visto como uma forma de reduzir eventuais resistências ao nome da ex-prefeita da capital paulista.

A cerimônia, agendada para as 18h na Casa de Portugal, na Liberdade, espaço tradicional para eventos do PT, espera receber de 1,3 mil a 1,5 mil pessoas. Além de Lula, estarão presentes o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.

Como noticiamos, a volta de Marta ao partido depois de quase 10 anos não foi unanimidade no reduto petista. Valter Pomar, membro do Diretório Nacional do PT e secretário-executivo do Foro de São Paulo de 2005 a 2013, promete seguir em sua batalha contra o retorno da ex-prefeita ao partido.

A empreitada de Pomar, no entanto, é vista como inócua, pois Lula foi o responsável pela costura que viabilizou o retorno de Marta ao PT. Ela será vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL) na disputa pela prefeitura de São Paulo.

Marta deixou o PT em 2015, após 30 anos filiada, em meio a investigações da Operação Lava Jato que afundaram o partido. Ela fez diversas críticas públicas à sigla e votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

A ex-prefeita de São Paulo se reaproximou do PT e de Lula durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e apoiou a candidatura do petista em 2022 contra o ex-presidente.