Crusoé: Petro não quer mais seus ministros?
O presidente colombiano estaria passando pela sua segunda crise ministerial em menos de dois anos de governo
O presidente colombiano Gustavo Petro (foto) teve uma reunião ministerial nesta quarta-feira, 31. O que deveria ser um encontro corriqueiro na agenda do presidente acabou se tornando uma nova crise no primeiro governo de esquerda da história da Colômbia, graças ao que a imprensa do país descobriu após a saída de todos.
No encontro, definido como “tenso” pelo jornal El Colombiano, o presidente, planejando uma reforma ministerial ampla, teria pedido a renúncia coletiva de todos os seus 18 ministros — ou 19, já que a vice-presidente, Francia Márquez, também tem um cargo como ministra da Igualdade.
Seria, portanto, a segunda vez em dois anos de mandato que ele pediria a renúncia coletiva do seu gabinete.
Desta vez, Petro (que chegou ao final do ano com a popularidade em uma mínima histórica) teria passado um duro discurso ao seu gabinete por demoras em reformas planejadas pelo governo e falta de projetos a ações que ele teria pedido celeridade. A repreensão, informam veículos colombianos, teria sido concluída com o pedido de renúncia coletiva.
O burburinho foi tão grande que a presidência foi às redes sociais dizer que não houve tal pedido.
Apesar da negativa, alguns ministros de fato apresentaram sua demissão após a conversa. Segundo o El Espectador, apenas Jorge Iván González, diretor do Departamento de Planejamento Nacional (DNP) teve sua demissão aceita.
Em uma visita a um departamento (estado) no litoral do Pacífico nesta semana, o presidente já tinha indicado insatisfação pública. “Que estamos fazendo? Eu não sei”, disse. Um projeto na região — um aqueduto — estaria com o cronograma atrasado, o que o irritou profundamente. “Essa era a primeira coisa que devíamos ter feito no primeiro dia chegando ao poder”, continuou.
A primeira vez que ele ameaçou uma mudança completa no gabinete foi em abril do ano passado, pelas redes sociais.
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