Grupo econômico da 123Milhas é alvo de operação em MG
As autoridades estão investigando possíveis crimes de estelionato e lavagem de dinheiro cometidos por esse grupo
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em conjunto com a Polícia Civil do estado, deu início à operação Mapa de Milhas. A ação tem como objetivo cumprir 17 mandados de busca e apreensão em residências e empresas localizadas em Belo Horizonte.
O alvo principal dessa operação é o grupo econômico do qual a empresa 123Milhas faz parte. As autoridades estão investigando possíveis crimes de estelionato e lavagem de dinheiro cometidos por esse grupo.
A investigação está sendo conduzida pela 14ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor da Capital, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Central) e do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet).
O Ministério Público de Minas Gerais está atuando para proteger os consumidores que foram prejudicados por essas práticas. Foram solicitados pedidos de bloqueio judicial dos bens e valores das empresas e sócios envolvidos no grupo econômico.
Caso 123Milhas
Os problemas da 123Milhas começaram a surgir em agosto do ano passado, quando a empresa anunciou a suspensão da emissão de passagens promocionais para viagens entre setembro e dezembro. Essa medida afetou diversos viajantes que haviam comprado passagens com datas flexíveis.
A empresa informou que reembolsaria integralmente o valor gasto pelos clientes com produtos da linha PROMO, por meio de vouchers corrigidos monetariamente em 150% do CDI. Esses vouchers poderiam ser utilizados para a compra de outros produtos da empresa.
Desde então, a empresa se tornou alvo de órgãos de proteção ao consumidor e outras entidades públicas. No final de agosto, a Justiça aceitou o pedido de recuperação da empresa, suspendendo todas as ações e execuções contra ela por 180 dias. Porém, em setembro, o pedido foi suspenso provisoriamente após um recurso do Banco do Brasil.
Também em setembro, a recuperação judicial da 123Milhas foi estendida para a Maxmilhas e a Lance Hotéis, outras empresas do mesmo grupo econômico. Juntas, essas empresas devem mais de R$ 2,5 bilhões aos credores.
Em outubro, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou a suspensão dos estornos de passagens e pacotes adquiridos através de cartão de crédito para os consumidores da 123Milhas.
Já em novembro, as cobranças das parcelas restantes dos clientes da 123Milhas foram suspensas para aqueles que entraram com contestação da fatura com pelo menos 10 dias de antecedência. É importante ressaltar que essa decisão só vale para os clientes que fazem parte da ação coletiva.
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