Segundo o secretário de Saúde, Cláudio Pompeo, há um aumento de 67% no número de casos de dengue em Sorocaba (SP) nos últimos sete dias, colocando a cidade em um cenário preocupante de possível epidemia.

O que dizem as autoridades municipais

Até o dia 30, foram confirmados 178 casos de dengue e mais 1.296 casos estão sob investigação. De acordo com Pompeo, a constante elevação no número de infectados ao longo das semanas indica um cenário de epidemia. “Quando identificamos o aumento dessa curva durante quatro semanas seguidas, entramos no cenário epidêmico”, explica o secretário.

Considerado um estado de alerta para o município, este cenário mobiliza a vigilância em saúde. “Estamos acompanhando todo o cenário nacional, onde estamos tendo números quatro, cinco vezes maior em comparação aos números de 2023. Porém, por agora, tratamos a situação com cautela e tranquilidade”, completa.

Prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti

Embora o número de casos de dengue em 2024 já supere o de 2020, quando a cidade decretou epidemia, Sorocaba concentra seus esforços na prevenção e combate ao Aedes aegypti. Ações preventivas estão sendo realizadas em todas as regiões da cidade, com foco especial nos bairros que apresentam mais registros da doença.

Segundo o secretário, a cidade está preparada para uma possível demanda maior nos serviços de saúde. “Até este momento, não tivemos uma explosão na procura de pessoas com a doença nas unidades hospitalares, está tudo dentro da média. E, se houver, estamos preparados para atender os pacientes”, afirma.

Dengue: sintomas e como buscar auxílio médico

Os sintomas da dengue incluem febre maior que 38°C, dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. A infecção também pode ser assintomática ou apresentar quadro leve. As formas graves da doença incluem dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.

Em Sorocaba, os moradores que tiverem esses sintomas podem procurar qualquer unidade de saúde, incluindo os postos de saúde.

Em todo o ano de 2023, a cidade registrou três mortes e mais de 4,5 mil casos, um aumento de mais de 300% em relação a 2022, intensificando a necessidade de medidas preventivas e conscientização da população acerca das formas de evitar a transmissão da doença.