Carluxo nega em depoimento à PF ter criticado Andrei Rodrigues
Carluxo foi alvo de operação da PF na segunda-feira, 29 de janeiro, no âmbito das investigações sobre a Abin paralela
Em depoimento à Polícia Federal (PF) nesta terça-feira, 30 de janeiro, no âmbito do caso da Abin paralela, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ; foto), o Carluxo, negou ter criticado o diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues
A informação é do Globo.
Carluxo prestou depoimento nesta terça, 30 de janeiro.
Ele foi questionado sobre uma publicação de 27 de agosto no X, então chamado Twitter, com uma foto mostrando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) morto e a legenda: “zero busca e apreensão, zero inquérito, zero perfis bloqueados, zero reportagem em repúdio, pessoas presas: zero”.
Carluxo afirmou não se tratar de uma crítica a nenhuma autoridade específica, mas ao comando da PF como “forma de indignação generalizada”.
Operação contra Carluxo
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), o Carluxo, foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) no âmbito das investigações sobre a Abin paralela nesta segunda-feira, 29.
Foram executados oito mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Brasília, Formosa e Salvador.
Além de Carluxo, a PF também executou buscas contra dois assessores parlamentares e um policial federal. Os assessores e o agente da PF são apontados como intermediários entre a Abin e o vereador.
Segundo apurou O Antagonista junto a policiais federais, há a suspeita de que alguns relatórios paralelos da Abin foram produzidos a pedido de Carluxo justamente para atacar adversários políticos com uma estrutura montada no Palácio do Planalto.
Investigações
“A solicitação de ‘ajuda’ se referia a investigações que envolveriam os filhos do então presidente da República e deste mesmo. A autoridade representante enxerga no episódio o recurso do que chama de ‘núcleo político’ do grupo ao dr. Ramagem, para obtenção de informações sigilosas e/ou ações ainda não totalmente esclarecidas”, diz a PGR no pedido de busca e apreensão contra Carlos Bolsonaro.
A PGR ainda acrescenta: “A interferência sobre procedimentos não seria acontecimento avulso no período. A representação minudencia a descoberta de impressão, pelo dr. Ramagem, em fevereiro de 2020, de informações de inquéritos eleitorais em curso na Polícia Federal que listavam políticos do Rio de Janeiro”.
Segundo a PF, o ex-diretor-geral da Abin utilizou o software First Mile para monitorar aproximadamente 1,5 mil pessoas. Segundo a decisão de Moraes, ocorreram mais de 60 mil monitoramentos.
Primeira Milha
Essa operação, denominada ”Vigilância Aproximada”, é um desdobramento da operação ”Primeira Milha”, que teve início em outubro com o objetivo de investigar o suposto uso criminoso da ferramenta de espionagem por geolocalização, chamada ”FirstMile”.
As investigações da Polícia Federal apontaram que o software adquirido pelo governo utilizava dados de GPS para monitorar ilegalmente a localização de celulares de servidores públicos, políticos, policiais, advogados, jornalistas e até mesmo juízes.
Segundo a gestão da Abin do governo Lula, o programa foi adquirido no final do governo Temer, poucos dias antes da posse de Jair Bolsonaro, e foi utilizado até parte do terceiro ano de seu mandato.
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