Paralisação do 737 Max 9 custará à Alaska Airlines mais de R$ 700 mi
A Alaska Airlines anunciou que a paralisação do avião 737 Max 9, após o incidente ocorrido em 5 de janeiro, resultará em um prejuízo de aproximadamente R$ 736,95 milhões para a companhia aérea...
A Alaska Airlines anunciou que a paralisação do avião Boeing 737 Max 9, após o incidente ocorrido em 5 de janeiro, resultará em um prejuízo de aproximadamente R$ 736,95 milhões para a companhia aérea.
Esse impacto financeiro é significativo para uma empresa do porte da Alaska, que registrou um lucro ajustado de R$ 186,69 milhões nos últimos três meses do ano passado e R$ 2,86 bilhões no ano inteiro.
Incidente com a por do 737 Max 9
No início de janeiro, um avião da Alaska Airlines teve um buraco aberto na lateral devido à explosão do plugue da porta. Embora nenhum passageiro tenha se ferido, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) ordenou a paralisação de todos os jatos 737 Max 9 como medida preventiva.
A Alaska Airlines possui a segunda maior frota de jatos 737 Max 9, com um total de 65 aeronaves, ficando atrás apenas da United. Ambas as companhias aéreas esperam ter prejuízos no primeiro trimestre devido aos custos gerados pela paralisação.
737 Max 9 volta a operar hoje
Na quarta-feira, 24, a FAA definiu os procedimentos de inspeção para permitir que os aviões voltem a voar. A Alaska Air informou que seu primeiro avião voltará a operar nesta sexta-feira, 26, e outros serão adicionados gradualmente conforme as revisões forem concluídas e as aeronaves forem consideradas aptas para voar.
A expectativa é que todas as inspeções nos 737 Max 9 sejam concluídas na próxima semana.
De acordo com a CNN Brasil, o custo para a Alaska Air é principalmente decorrente da perda de receita, uma vez que os voos cancelados resultam em compensações aos clientes por hospedagem e exigem horas extras da equipe. No entanto, a economia de combustível proporcionada pela redução de 3.000 voos ajudará a equilibrar esses custos.
A companhia aérea estima que terá que cancelar cerca de 3.000 voos este mês devido à paralisação, o que reduzirá sua capacidade em aproximadamente 7% no trimestre como um todo.
A desconfiança de voar em um 737 Max 9
Embora a Alaska Airlines possa buscar compensação financeira junto à Boeing, ainda não há detalhes sobre essa remuneração. A empresa espera que a maioria dos passageiros esteja disposta a voar novamente com os aviões 737 Max 9 assim que eles voltarem a operar.
O CEO da Alaska, Ben Minicucci, reconhece que no início as pessoas podem ter algumas dúvidas e ansiedade, assim como aconteceu dois anos atrás quando todos os modelos Max foram aprovados para voltar a voar após os acidentes fatais. No entanto, ele acredita que, com o tempo, a confiança será restabelecida.
Minicucci revelou, à CNN, que durante as inspeções foram encontrados alguns parafusos soltos em muitos Boeing 737 Max 9. Apesar disso, ele reiterou o compromisso da empresa com a Boeing e afirmou que eles pretendem continuar adquirindo aeronaves da fabricante no longo prazo. No entanto, enfatizou a importância de garantir que a qualidade seja aprimorada.
A esperança de lucro da Alaska Airlines
Apesar do prejuízo estimado em R$ 736,95 milhões devido à paralisação, a Alaska Airlines ainda espera registrar um lucro entre R$ 381 milhões e R$ 635 milhões para todo o ano de 2024. No entanto, essa projeção indica que os resultados podem ficar aquém das estimativas dos analistas.
A paralisação do 737 Max também afeta outras companhias aéreas, como a Southwest Airlines, que agora espera menos entregas do modelo Max 7 da Boeing devido à falta de certificação pela FAA. A American Airlines também criticou a fabricante de aviões e destacou a importância de produzir um produto de qualidade.
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