Feliciano cobra defesa das prerrogativas por Pacheco
A fala do parlamentar veio depois que o senador mineiro rebateu os ataques do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, após operação da PF contra Ramagem (PL-RJ)...
O deputado Marco Feliciano (PL-SP) cobrou “eloquência” por parte do presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na defesa das prerrogativas dos parlamentes. A fala do parlamentar veio depois que o senador mineiro rebateu os ataques do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, após a operação da Polícia Federal que mirou o deputado Ramagem (PL-RJ).
“Vossa Excelência poderia ser loquaz também na defesa das prerrogativas parlamentares de seus colegas, ou no mínimo na defesa da instituição que preside!”, disse Feliciano.
Caro Presidente Senador @rodrigopacheco Vossa Excelência poderia ser loquaz também na defesa das prerrogativas parlamentares de seus colegas, ou no mínimo na defesa da instituição que preside! https://t.co/KLmf5CDfis
— Marco Feliciano (@marcofeliciano) January 25, 2024
Pacheco em embate com a oposição
Como noticiamos, Pacheco entrou em embates com a oposição depois de rebater Valdemar da Costa Neto, cacique do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista ao UOL, Valdemar afirmou que o senador era “frouxo” e “omisso” por permitir as ações da Polícia Federal no Congresso, e por não dar andamento ao pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Em resposta, o senador alegou que a defesa do pedido de impedimento do ministro da Corte ocorre publicamente, mas, nos bastidores, Valdemar “passa pano” ao comentar o tema. “Difícil manter algum tipo de diálogo com quem faz da política um exercício único para ampliar e obter ganhos com o fundo eleitoral e não é capaz de organizar minimamente a oposição para aprovar sequer a limitação de decisões monocráticas do STF”, disse Pacheco em resposta a Valdemar.
E ainda defende publicamente impeachment de ministro do Supremo para iludir seus adeptos, mas, nos bastidores, passa pano quando trata do tema.
— Rodrigo Pacheco (@rodrigopacheco) January 25, 2024
Na sequência, o presidente do PL alegou que, “Se o Senado tivesse um presidente comprometido, não iria perder tempo pra reclamar de presidente de partido”.
O que se vê no Brasil é o reflexo do sequestro das instituições e uso para fins políticos ao invés de combater o crime organizado, isso é o PT. Passei a vida toda defendendo a isonomia dos três Poderes, nunca fui covarde de me calar quando um poder não respeita o outro, isso vale…
— Valdemar Costa Neto (@CostaNetoPL) January 25, 2024
Abin paralela
Agentes da Polícia Federal cumpriram nesta quinta,21 mandados de busca e apreensão no âmbito de investigações do caso da Abin paralela. Dentre os alvos, está o ex-diretor da agência no governo Bolsonaro, Alexandre Ramagem.
Como noticiou O Antagonista quando a espionagem ilega l foi revelada, em março, a Abin na gestão Bolsonaro usou de ferramentas de geolocalização em dispositivos móveis, como celulares e tablets, sem a devida autorização judicial e sem o conhecimento dos alvos.
As buscas desta quinta estão sendo conduzidas tanto no gabinete de Ramagem quanto em seu apartamento funcional na Câmara dos Deputados.
Essa operação, denominada “Vigilância Aproximada, é um desdobramento da operação ”Primeira Milha”, que teve início em outubro com o objetivo de investigar o suposto uso criminoso da ferramenta de espionagem por geolocalização, chamada ”FirstMile”.
Software
As investigações da Polícia Federal apontaram que o software adquirido pelo governo utilizava dados de GPS para monitorar ilegalmente a localização de celulares de servidores públicos, políticos, policiais, advogados, jornalistas e até mesmo juízes.
Segundo a gestão da Abin do governo Lula, o programa foi adquirido no final do governo Temer, poucos dias antes da posse de Jair Bolsonaro, e foi utilizado até parte do terceiro ano de seu mandato.
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