Crusoé: TJPR livrou presidente de Assembleia de investigação, revela MP
O Tribunal de Justiça do Paraná arquivou, em setembro do ano passado, uma denúncia de corrupção envolvendo o presidente da Assembleia Legislativa do estado, Ademar Traiano (PSD; foto). O julgamento ocorreu menos de três meses depois de se tornar pública a confissão do político, em um acordo de não persecução penal...
O Tribunal de Justiça do Paraná arquivou, em setembro do ano passado, uma denúncia de corrupção envolvendo o presidente da Assembleia Legislativa do estado, Ademar Traiano (PSD; foto). O julgamento ocorreu menos de três meses depois de se tornar pública a confissão do político, em um acordo de não persecução penal.
A revelação foi feita pelo Ministério Público do Paraná, em uma longa nota publicada nesta quarta-feira, 17. Os investigadores eram criticados por terem optado por acordos de não persecução penal e cível contra Traiano e o ex-deputado Plauto Miró (União Brasil), acusados de receberem 100 mil reais de uma emissora de TV com contratos na comunicação da Assembleia.
A realidade, argumentam, é que havia o real risco de absolvição no caso — e o julgamento no TJPR seria prova disso. Apesar de o MP paranaense ter concluído que era clara a existência de indícios de autoria e prova de materialidade em relação a deputados estaduais, o Órgão Especial do tribunal arquivou a denúncia por unanimidade.
O presidente da Assembleia, visto até pouco tempo como um intocável, viu seu poderio desabar após se tornar pública a sua confissão, em troca de um acordo de não persecução. A investigação surgiu por meio de Vicente Malucelli, empresário dono da TV Icaraí. Malucelli denunciou Traiano de pedir dinheiro após a sua TV ter vencido uma licitação de 11,4 milhões de reais para gerir a parte de produção de conteúdo da Assembleia
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