“O maior concorrente de Lula é o atestado de réu por corrupção”
O golpe para soltar Lula foi meramente eleitoral. Joaquim Falcão, professor de Direito da FGV, disse em O Globo: “Já que juízes titulares não soltam Lula, apela-se para juízes plantonistas...
O golpe para soltar Lula foi meramente eleitoral.
Joaquim Falcão, professor de Direito da FGV, disse em O Globo:
“Já que juízes titulares não soltam Lula, apela-se para juízes plantonistas. Médicos de emergências?
Será que realmente acreditaram que poderiam soltá-lo? Ter sucesso?
Acredito que não.
Qualquer análise de risco judicial demonstraria que a pré-candidatura não era fato novo, mas fato requentado. Que o Supremo Tribunal Federal já decidira pela prisão sabendo da pré-candidatura. Que, diante de decisão de tribunal, plantonista não poderia dar ordem a juiz ou agentes da Polícia Federal.
Por que, então, enquanto agiam esses terceiros em seu favor, assumindo risco judicial tão alto, Lula ficou estrategicamente quieto?
O que ganhariam diante do perder provável?
Ganhariam mídia, imagens e narrativas, locais e globais, de Lula sendo solto mesmo que por lapso de tempo. Pautariam a mídia no fim de semana. Ainda mais sem Copa do Mundo.
O maior concorrente de Lula e do PT, nestas eleições, não é Ciro Gomes, Marina Silva, Geraldo Alckmin ou Jair Bolsonaro. O maior concorrente é o atestado de réu por corrupção passado pelo Poder Judiciário. Como contestar esse atestado? O marketing judicial, patologia da democracia, tem sido nestas eleições tão importante quanto foi no passado o marketing eleitoral.
Este foi o maior desafio. Rachar o Judiciário, colocar dúvida no eleitor. Lula seria candidato perseguido, em vez de ser réu condenado.”
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