Em recuperação, o setor de serviços pode terminar 2023 com desempenho similar ao observado em 2014, quando subiu 2,5%.

A projeção, feita nesta terça-feira (16), é do gerente da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), Rodrigo Lobo.

“Creio que podemos ter um ano de crescimento relativamente bom como foi o ano de 2014”, analisou ao comentar o resultado da pesquisa.

Rodrigo explica que a comparação é por que à época a economia ainda não se encontrava em recessão, que viria no ano seguinte, e a atividade de serviços mostrava um ano “normal” para o setor.

A alta de 0,4% no volume de serviços em novembro de 2023, sobre outubro, foi a mais forte para o mês desde 2021, quando a expansão atingiu 2,8%.

Rodrigo pondera que a análise dos dados deve observar um fator: o ritmo das taxas de volume de serviços, ao longo do ano passado, foi influenciado por uso de base de comparação elevada, referente a 2022, quando a atividade estava se recuperando da crise ocasionada pela pandemia e por aumentos e reduções de demandas, em segmentos específicos dentro da economia de serviços.

Setor de serviços 

Em novembro de 2023, o volume de serviços no Brasil variou 0,4% frente a outubro, na série com ajuste sazonal.

O resultado positivo interrompe uma sequência de três taxas negativas, período em que acumulou uma perda de 2,2%.

Dessa forma, o setor se encontra 10,8% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 2,6% abaixo de dezembro de 2022.

Na série sem ajuste sazonal, no confronto com novembro de 2022, o volume de serviços assinalou a terceira taxa negativa consecutiva (-0,3%). O acumulado do ano passado foi de 2,7% frente a igual período de 2022. O acumulado dos últimos doze meses perdeu dinamismo, ao passar de 3,6% em outubro para 3,0% em novembro de 2023, em seu resultado menos intenso desde julho de 2021 (2,9%).

O acréscimo do volume de serviços (0,4%), em novembro de 2023, foi acompanhado por três das cinco atividades: outros serviços (3,6%), profissionais, administrativos e complementares (1,0%) e serviços prestados às famílias (2,2%).