Crusoé: “Argentina detém três suspeitos de terrorismo”
A ministra da Segurança da Argentina Patricia Bullrich anunciou a detenção nesta terça, 2, de três suspeitos de pertencerem a células terroristas...
A ministra da Segurança da Argentina Patricia Bullrich anunciou a detenção nesta terça, 2, de três suspeitos de pertencerem a células terroristas (na foto, um dos detidos é escoltado por dois policiais).
“Por instrução do presidente Javier Milei, estamos mais atentos do que nunca para cuidar dos cidadãos e de quem nos visita“, escreveu Bullrich no X, antigo Twitter, nesta quarta, 3. “Em colaboração com agências internacionais, foi detectada a entrada dos suspeitos no país. Todos foram presos e colocados à disposição da Justiça.”
As autoridades argentinas contaram com ajuda de serviços de inteligência estrangeiros, que suspeitaram de um plano terrorista para atacar judeus na Argentina. Até esta sexta, 5, o país sedia os Jogos Macabeus Panamericanos, com atletas judeus de 20 países.
Os três homens detidos no aeroporto Jorge Newbery, conhecido como Aeroparque, eram descendentes de sírios e libaneses e iriam se hospedar em um hotel a duas quadras da Embaixada de Israel, em Buenos Aires.
A Embaixada de Israel foi alvo de um atentado a bomba em 1992, que deixou 29 mortos. Dois anos depois, outro atentado deixou 85 mortes na sede da Associação Mutual Israelita Argentina, Amia.
Para evitar serem pegos pela polícia, cada um deles chegou à Argentina em um voo diferente. Mas, segundo a ministra Patricia Bullrich, havia uma conexão entre eles. Um deles se preparava para receber um pacote de 35 quilos do Iêmen, país em que o Irã apoia a milícia dos houthis.
Um dos suspeitos detidos nesta terça tinha passaportes venezuelano e colombiano.
Desde que Hugo Chávez assumiu como presidente da Venezuela, o país distribuiu passaportes para terroristas do Oriente Médio. Além disso, eles recebiam toda uma identidade falsa, incluindo novas certidões de nascimento e carteiras de motorista. O iraniano Moshe Rabbani, que planejou o ataque à Amia, foi um dos beneficiados por essa prática, mantida pelo ditador Nicolás Maduro.
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