PF mira irmão de Cláudio Castro em operação contra fraudes
A Polícia Federal deflagrou a operação Sétimo Mandamento, com o objetivo de investigar possíveis fraudes em programas assistenciais do Rio de Janeiro. Vinícius Sarciá Rocha, irmão do governador Cláudio Castro, é um dos alvos da operação, que conta com mandados expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ)...
A Polícia Federal deflagrou a operação Sétimo Mandamento, com o objetivo de investigar possíveis fraudes em programas assistenciais do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira, 20. Vinícius Sarciá Rocha, irmão do governador Cláudio Castro, é um dos alvos da operação, que conta com mandados expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Além de Vinícius Sarciá, também foram alvo de busca e apreensão Astrid de Souza Brasil Nunes, subsecretária de Integração Sociogovernamental e de Projetos Especiais da Secretaria Estadual de Governo, e Allan Borges Nogueira, gestor de Governança Socioambiental da Cedae. As informações foram reveladas pelo Blog da Andréia Sadi.
A operação tem como foco a investigação dos crimes de organização criminosa, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro, que teriam ocorrido durante a execução dos projetos Novo Olhar, Rio Cidadão, Agente Social e Qualimóvel entre os anos 2017 e 2020.
Em abril deste ano, o ministro Raul Araújo, do STJ, autorizou a abertura de um inquérito para investigar o governador Cláudio Castro por suposto envolvimento em um esquema de corrupção durante o período em que ele era vereador e vice-governador.
Além de ser acusado por corrupção ativa e passiva, ele também foi investigado por organização criminosa, fraude em licitação, peculato e lavagem de dinheiro. A base da investigação era a delação de Marcus Vinícius Azevedo da Silva, preso durante a operação Catarata, que investigou um esquema de corrupção comandado pelo então governador Wilson Witzel (PSC), afastado do cargo em 2021.
No decorrer desta quarta-feira, policiais federais estão cumprindo sete medidas de afastamento de sigilo bancário e fiscal, além de seis medidas de afastamento de sigilo telemático.
Segundo as investigações da Polícia Federal, a organização criminosa infiltrou-se nos setores públicos assistenciais do estado e cometeu fraudes em licitações e contratos administrativos, desviando verbas públicas e realizando pagamentos de propina aos envolvidos nos esquemas criminosos.
De acordo com a PF, o grupo obteve vantagens econômicas e políticas indevidas ao direcionar a execução dos projetos sociais para seus redutos eleitorais, aproveitando-se também da população mais necessitada. Foram identificados pagamentos de vantagens ilícitas que variavam entre 5% e 25% dos valores dos contratos na área de assistência social, totalizando mais de R$ 70 milhões.
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